No último dia 07/10 tivemos a grande festa da democracia, o exercicio do voto secreto, soberanamente o eleitor foi á urna e "cravou" o seu desejo através do voto e aqueles que alcançaram o número suficiente; estão na expectativa da posse e trabalhar procurando cumprir suas promessas de campanha, e diga-se de passagem - "Cada Promessa?!"
Nós em Apucarana - PR temos o prazer de informar que três irmãos membros de nossa Igreja lograram exito e isto para um colégio de onze vereadores, acho que está de bom tamanho!
Mas!
O que fazer?
Com aqueles que se dispõe a derribar, prejudicar, impedir o seu irmão de fé?
O antídoto para isso foi dado por Jesus na ocasião do lava-pés.
João declara: Depois que lhes lavou os pés, retomou o seu manto, voltou à mesa e lhes disse: "Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais de Mestre e Senhor e dizeis bem, pois eu o sou. Se, portanto, eu, o Mestre e o Senhor, vos lavei os pés, também deveis lavar-vos os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, também vós o façais. Em verdade, em verdade, vos digo: o servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que quem o enviou. Se compreenderdes isso e o praticardes, felizes sereis. (João 13. 12 a 17 – Bíblia de Jerusalém)
Buscar para si ou empoderar a outrem não vejo como algo errado, as vezes errados e sujos são os motivos e os meios pelos quais muitos buscam o poder ou se aproximam de quem o tem.
No tocante ao Episcopado a qual é uma posição de poder dentro da estrutura eclesiástica, Paulo escreveu: Fiel é esta palavra: se alguém aspira ao episcopado, boa obra deseja.
É preciso, porém, que o epíscopo seja irrepreensível, esposo de uma única mulher, sóbrio, cheio de bom senso, simples no vestir, hospitaleiro, competente no ensino, nem dado ao vinho, nem briguento, mas indulgente, pacífico, desinteresseiro.
Que ele saiba governar bem a sua própria casa, mantendo os seus filhos na submissão, com toda dignidade.
Pois se alguém não sabe governar bem a própria casa, como cuidará da Igreja de Deus?
Que ele não seja um recém-convertido, a fim de que não se ensoberbeça e incorra na condenação que cabe ao diabo.
Além disso, é preciso que os de fora lhe dêem um bom testemunho, para não cair no descrédito e nos laços do diabo. - (I Tm 3. 1 a 7. Bíblia de Jerusalém)
Interessante que Paulo não censura quem aspira ao Episcopado, antes ele diz da grandiosidade daquilo que é almejado e coloca requisitos para o aspirante.
Tanto a autoridade secular como a religiosa se tornam dignas quando entendem que foram instituídas para o serviço.
Cada pessoa eleita tanto na esfera secular bem como na eclesiástica deve entender que ao ser elevado a posição de vereador, pastor, deputado, presbítero, presidente da república, bispo/a, ele/a recebe de Deus através do povo/Igreja uma função de serviço.
Ou seja, ao subir a qualquer grau de governo, ele ou ela, na verdade tem que descer ao degrau mais baixo da hierarquia e tornar-se servo dos servos de Deus, servos e servas do povo.
A meu ver embora não esteja entre as características listados por Paulo em I Tm 3. 1 a 7, episcopado é isso, posição de servo, o maior servindo ao menor.
Tenho para mim que, essa é a lição do “Lava-pés”, o Senhor servindo aos servos.
Infelizmente, nem sempre tal lição é entendida, aplicada ou cobrada e quem alcançou postos de lideranças usa o poder em beneficio próprio, para silenciar quem pensa diferente, ou para oprimir a quem eles deveriam servir.
Esquecendo - se que, Aquele que eleva a qualquer posição seja no âmbito eclesiástico bem como no meio secular, assim declarou: "Àquele a quem muito se deu, muito será pedido, e a quem muito se houver confiado, mais será reclamado.”. (Bíblia de Jerusalém - Lc 12, 48)