Onde está os nossos "marcos"?
As Divinas Escrituras nos advertem através do livro de
Provérbios 22: 28 "Não removas os marcos antigos que puseram teus
pais."
O texto mencionado refere-se aos limites de fronteiras.
Estes limites, normalmente, eram pontos, tanto geográficos,
quanto os chamados "piquetes" que eram colocados pelos confrontantes.
A finalidade de tais marcos era estabelecer (deixando
claros) os limites, as fronteiras de cada território.
Conversando com meu pai (in memoriam) , que era um homem do campo, ele me dizia acerca da sua dificuldade em achar alguns pontos da divisa de seu terreno num determinado local onde o mato crescera muito.
Conversando com meu pai (in memoriam) , que era um homem do campo, ele me dizia acerca da sua dificuldade em achar alguns pontos da divisa de seu terreno num determinado local onde o mato crescera muito.
Em outras palavras: ele estava se esforçando para encontrar
os marcos de seu terreno.
E isto me levou a fazer este paralelo com a situação da Igreja
contemporânea!
Onde estão os limites da Igreja?
Onde está os marcos que custaram a vida (literalmente) de
Nossos Pais?
Porque, na verdade, eles deixaram delimitado o território da
fé...
E o que, muitas vezes, vemos hoje, é um número razoável de
cristãos que mal sabem discorrer sobre o que é o Evangelho.
Citam um amontoado de "frases feitas" acompanhadas
de uns poucos versículos fora de seu contexto...
Mas cadê o resultado transformador que o Evangelho traz?
Gostaria de deixar transparente neste ponto desta reflexão,
que minha intenção não é me levantar como o juiz desta questão; mas sim,
despertar a atenção para o que vem acontecendo com nossas igrejas, apontando
para possíveis soluções.
Em Números capítulo 25, temos uma narrativa que ilustra muito
bem a importância de termos bem definidos quais são os nossos limites.
Neste capítulo vemos o povo de DEUS, aos poucos, ir se
afastando de seu território, e aos poucos ir se misturando com os povos
estranhos.
E, aos poucos, trazendo os costumes pagãos para o Arraial do
Senhor (vs 6).
E observem que no mesmo versículo nos é dito que isto
aconteceu perante os olhos de um homem que conversou face a face com o Senhor.
Aconteceu diante dos olhos de um dos maiores líderes da
nação de DEUS.
E a esta altura julgo oportuno perguntar: Será que isto não
vem acontecendo também com nossas igrejas?
E também diante dos olhos de alguns de nossos líderes?
Nos dias de Israel foi uma situação que foi acontecendo com
naturalidade, e podemos tirar como lição, o fato daquele povo não observar os
limites do Arraial.
Hoje, a Igreja é o Arraial do povo de DEUS!!
E, como tal, deve observar alguns limites.
É importante observar que o adversário de nossas almas ronda
diuturnamente nossas fronteiras (I Pd 5: 8).
Recentemente, conversando com uma senhora temente a DEUS,
ela me contava sobre a sua dificuldade em lidar com alguns assuntos acerca da
vida eterna devido a sua crença anterior.
Dizia-me ela, ainda, que não tinha tido a oportunidade de
ouvir um ensino sólido acerca das Coisas Vindouras que pudesse suprir sua
curiosidade e, ao mesmo tempo, preencher o espaço deixado pela doutrina errônea
que havia aprendido antes de conhecer o Evangelho.
E durante esta conversa, fiquei me perguntando se esta não
seria a dura realidade de muitos cristãos que aceitaram o Evangelho nos últimos
anos...
Esta possível "dura realidade" é o resultado de
não termos respeitado os marcos que foram deixados pelos cristãos históricos.
Temos avançado as fronteiras...
E o prejuízo tem sido da igreja...
Temos permitido que, em nome da modernidade, nossos jovens
se misturem, trazendo consigo, para dentro do templo, costumes que envergonham
o Bom Nome de Cristo!
Cultos que mais parecem show de entretenimento e balancear o
esqueleto!
“Cultos” de humor e o Stand-Up está em alta e os que daí
participam mais parecem um bando de celerados a fazerem sátiras com personagens
bíblicos!
Imitações do falar em línguas, sem a menor cerimônia e as
gargalhadas são altissonantes!
As reuniões de comes e bebes é uma constante avassaladora,
em detrimento das reuniões de orações e estudos bíblicos!
Verdadeiros clubes sociais a peso de dinheiro e sempre
visando o lucro!
Evidencia-se a experiência e a Palavra de Deus vai para o
plano “fim de fila”!
A liturgia em muitos lugares se tornou um mantra!
As determinações humanas prevalecem, quebrando toda uma
teologia bíblica e a ela não se dá a mínima chance de examinar se de fato é o
que Deus tem nos dado através da Palavra de Deus!
Um ativismo ufanista, utópico, enganador, vaidade de
vaidades!
E os cachês absurdos?
(Digno é o obreiro do seu salario!, um sujeito prega num final de semana e cobra o que um dirigente de igreja leva dois a três meses para receber, alguma coisa tá errada!)
Modelos e mais modelos de “evangelismo” quando o principio é
simples: O Evangelho é o Poder de Deus para todo aquele que crê: Cada crente
uma testemunha!
Reuniões convencionais é debate sobre cargos e tomada de
poder e, diga-se de passagem: Não se conquista se toma!
Constroem-se enormes prédios com o suor dos abnegados irmãos
que creem nos seus líderes e depois a titulo de manter a estrutura, aluga-se
para outros objetivos que não aquele inicial!
Irmãos indo á barra da justiça comum e detonam o nome de sua
própria Igreja e irmãos em Cristo!
Ordenações aos borbotões, sem critérios, sem temor de Deus e
se dá um titulo de Pastor a alguém que nunca soube o que é um rebanho de
ovelhas, e aí para esfolar, sacrificar, matar é apenas um passo!
O Negócio é sério: Ou voltamos à simplicidade do Evangelho
ou passamos para a história como os homens que amantes de si mesmo não zelaram
pelos ensinos bíblicos!
A Escolha é de cada um!