sábado, 18 de julho de 2009

Espetáculos e Shows.......Argh!!!

É Hora do Espetáculo!

Quando Charles Spurgeon nos advertiu a respeito daqueles que “gostaria de unir igreja e palco, baralho e oração, danças e ordenanças”, foi menosprezado como um alarmista.

Mas a profecia de Spurgeon se cumpriu diante de nossos olhos.

As igrejas modernas são construídas assemelhando-se a teatros (“casas de divertimento”, Spurgeon as chamou).

Em lugar do púlpito, o enfoque está no palco.

As igrejas estão contratando, em regime de tempo integral, especialistas em mídia, consultores de programação, diretores de cena, professores de teatro, peritos em efeitos especiais e coreógrafos.

Tudo isso não passa da extensão natural de uma filosofia norteada por marketing seguida pelas igrejas.

Se a igreja funciona apenas com o objetivo de promover um produto, é bom mesmo que seus líderes prestem atenção aos métodos da Avenida Madison.

Afinal, a maior competição para a igreja é um mundo repleto de diversões seculares e uma gama de bens e serviços mundanos.

Portanto, dizem os especialistas de marketing, jamais conquistaremos as pessoas até que desenvolvamos formas alternativas de entretenimento a fim de ganhar-lhes a atenção e a lealdade, desviando-as das ofertas do mundo.

Desta forma, esse alvo estipula a natureza da campanha de marketing.

E o que há de errado nisso?

Por um lado, a igreja não deveria mercadejar seu ministério, como sendo uma alternativa aos divertimentos seculares (1 Ts 3.2-6).

Isto acaba corrompendo e barateando a verdadeira missão da igreja.

Não somos apresentadores de carnaval, ou vendedores de carros usados, ou camelôs.

Somos embaixadores de Cristo (2 Co 5.20).

Conhecendo o temor do Senhor (v.11),

Motivados pelo amor a Cristo (v. 14),

Tendo sido completamente transformados por Ele (v. 17),

Imploramos aos pecadores que se reconciliem com Deus (v. 20).

Também, em lugar de confrontar o mundo com a verdade de Cristo, as mega-igrejas norteadas por marketing estão promovendo com entusiasmo as piores técnicas da cultura secular.

Alimentar o apetite das pessoas por entretenimento apenas agrava o problema das emoções insensatas, da apatia e do materialismo.

Com toda franqueza, é difícil conceber uma filosofia de ministério mais contrária ao padrão que o Senhor nos confiou.

Proclamar e expor a Palavra, visando o amadurecimento e a santidade dos crentes deveria ser âmago do ministério de toda igreja.

Se o mundo olha para a igreja e vê ali um centro de entretenimento, estamos transmitindo a mensagem errada.

Se os cristãos enxergam a igreja como um salão de diversões, a igreja morrerá.

Uma senhora, inconformada com sua igreja, que tinha abraçado todas essas excentricidades modernas, queixou-se recentemente: “Quando é que a igreja vai parar de tentar entreter os bodes e voltar a alimentar as ovelhas?”

Nas Escrituras, nada indica que a igreja deveria atrair as pessoas a virem a Cristo através do apresentar o Cristianismo como uma opção atrativa.

Quanto ao evangelho, nada é opcional: “E não há salvação em nenhum outro; porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4.12).

Tampouco o evangelho tem o objetivo de ser atraente, no sentido do marketing moderno.

Conforme já salientamos, freqüentemente a mensagem do evangelho é uma “pedra de tropeço e rocha de escândalo” (Rm 9.33; 1 Pe 2.8).

O evangelho é perturbador, chocante, transtornador, confrontador, produz convicção de pecado e é ofensivo ao orgulho humano.

Não há como “fazer marketing” do evangelho bíblico.

Aqueles que procuram remover a ofensa, ao torná-lo entretenedor, inevitavelmente corrompem e obscurecem os pontos cruciais da mensagem.

A igreja precisa reconhecer que sua missão nunca foi a de relações públicas ou de vendas; fomos chamados a um viver santo, a declarar a inadulterada verdade de Deus – de forma amorosa, mas sem comprometê-la – a um mundo que não crê.

4 comentários:

  1. O inimigo da igreja quer que ela se torne mais um programa de entretenimento na vida social dos crentes, mas o desafio é continuar a expor o pecado a luz das escrituras e pregando a Cristo como o unico e suficiente salvador da humanidade, permitindo que o Espírito Santo continue a convencer os homens do pecado da justiça e do juizo.

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  2. SHALOM!

    1. Amado Pr Daniel, excelente postagem. Infelizmente muitas igrejas estão se tornando uma casa de espetáculo. O apóstolo Paulo disse em I Co 4.9 [...] nos tornamos espetáculo ao mundo [...]. Ele não disse para fazer ESPETáCULO, mas porque o ministério é uma arena de morte [contexto histórico] ele usa esta abordagem.

    2. QUe voltemos para o Eterno. Que Deus levante pastores como o sr, que não se curvam diante do Baal moderno!

    3. Minha oração é que o Deus Eterno continue a lhe usar como voz profética e apologética.

    um abraço, Pr Marcello de Oliveira

    P.s Veja meu texto: O testamento de Paulo - II Tm 4

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  3. Prezamado pr. Daniel Acioli,

    A Paz do Senhor!

    Palavra dura para corações endurecidos. Quem poderá assimilar esta realidade em seu coração?

    Com certeza, alguns famintos e sedentos pelo Evangelho da Verdade, que é proclamado com um único objetivo, ou seja, exaltar não aos homens em suas crendices desajeitadas com o que consta na Bíblia, será OUVINTE do que está ESCRITO em seu texto, com experiência e desejo constante de engrandecer ao Nosso Senhor Jesus Cristo.

    O Senhor seja contigo!

    pr. Newton Carpintero
    www.pastornewton.com - aguardando o Grande Dia.

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