terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Profecias que se cumprem!

São Malaquias e os Últimos Papas da História


Na prateleira de minha biblioteca encontrei um livro que estava ali havia uns 35 anos.
 
Nunca havia me interessado por ele, até porque eu o encontrara numa caixa de livros que seriam levados pelo lixeiro. “They Foresaw the Future”, (Eles Previram o Futuro), escrito por Justine Glass e publicado em 1969.
 
Um livro fantástico que trata das profecias e profetas desde o antigo Egito até os nossos dias, isto é até sua publicação em 1969.

O capítulo seis conta a história de Malaquias, um menino Irlandês, mais tarde canonizado e acreditado ser o grande profeta e o santo da Irlanda.
 
Ele teria nascido ao redor de 1094-1095 da era cristã.
 
Seu pai morreu quando ele tinha apenas oito anos de idade.
 
Na adolescência tornou-se discípulo de Ivor O’Hagan, um monge considerado santo, que residia recluso numa cela ao lado da igreja de Armagh.
 
Malaquias decidiu que deveria viver na austeridade e na autonegação, e por volta de 1117 o Arcebispo Celso, amigo de O’Hagan o ordenou ao diaconato, apesar de ter apenas 23 anos de idade, quando a ordem canônica estabelecia que o diácono teria que ter, pelo menos, 25 anos.
 
Alguns anos depois foi nomeado Abade do mosteiro de Bangor, e exerceu um ministério de cura e milagres, curando uma mulher ferida de morte num acidente por um machado, restaurando um moribundo e curando um clérigo de disenteria.
 
Antes de morrer, Celso indicou Malaquias como seu sucessor, que aceitou com certa relutância, pois o cargo não o deixaria viver da maneira ascética como queria.
 
Numa viagem a Inglaterra, ao chegar a York, Malaquias encontrou-se com Sicário, um sacerdote, que sem o conhecer profetizou sobre ele: “Este é o homem que me foi mostrado numa visão.
 
Da Irlanda sairá um bispo santo que poderá ler a mente das pessoas”.
 
Onde quer que fosse, Malaquias realizava milagres e chegou a ressuscitar mortos.
 
Malaquias profetizou o dia e local de sua morte que haveria de ocorrer em Clairvaux, no dia de finados.
 
Apesar de não estar enfermo, como atestavam os médicos, morreu aos 54 anos nos braços de seu amigo Bernardo de Clairvaux.

Malaquias ficou conhecido na história da igreja pelas profecias que fez sobre os papas em 1139 quando de sua visita a Bernardo de Clairvaux, ocasião em que descreveu cada papa de 1143 até nossos dias e além.
 
Naquele tempo o Papa era Inocêncio II (1130-1143).
 
No começo do século XX o Abade José Maitre publicou dois interessantíssimos livros atestando a validade de tais profecias.
 
São Malaquias profetizou que o último Papa seria Pedro de Roma que “…durante a última perseguição à igreja… alimentaria o rebanho em meio a grande tribulação, e depois que tudo terminasse seu pontificado, a cidade das sete montanhas seria destruída por um feroz Juiz… que julgará o povo”.
 
Não estou atestando aqui a veracidade de suas profecias, mas seria interessante observar a diferença de suas profecias com as de Nostradamus.
 
Este último fez previsões do que aconteceria até outubro de 1999, e era um profeta de Satanás, levantado naqueles dias para contradizer a reforma protestante.
 
Foi finalmente execrado no final do século vinte quando as profecias de fim do mundo não se cumpriram.
 
As interpretações das profecias de Nostradamus também ocupam espaço na minha biblioteca.
 
Malaquias profetizou que, de sua época, até o fim dos tempos a igreja contaria com 111 papas.
 
Em sua profecia, cada papa tem um nome metafórico.
 
Por exemplo, o 5º. Da lista foi Adriano IV (1154-1159), chamado de De Ruro Albo, um inglês nascido em Santo Albans.
 
O 20º. Da lista foi profetizado como Signum Ostiense, Alexander IV (1254-1261), que era Cardeal de Óstia, antes de ser elevado a Papa.
 
Clemente XIII foi o nonagésimo Papa da lista profética.
 
Ele havia sido governador da Úmbria antes de ser elevado ao papado.
 
O símbolo da Úmbria é uma rosa, e ele era mencionado na profecia como Rosa Umbriae.
 
Depois dele veio Ursus Velox, e um urso correndo era o brasão de armas de Lorenzo Ganganelli, nascido em Veneza e que veio a ser Clemente XIV (1769-74).
 
Pio VII (1800-23) foi Papa na época de Napoleão e Malaquias o chamou de Áquila Rapax ou águia voraz, o que certamente ele não era.
 
Desde que Napoleão despojou Pio VII do direito territorial prendendo-o em Savona, Itália e depois em Fontainebleau, França, Áquila Rapax poderia ser uma menção aos males sofridos pelo Papa.

Malaquias descreveu o nonagésimo nono (99) pontífice, Mauro Capelari que recebeu o nome de Gregório XVI (1831-46), como De Balneis Etruria (de Balnea na Etrúria).
 
Vivia num mosteiro em Balnea próximo de Florença, na Etrúria.
 
Lúmen in Coelo (luz no firmamento) dizia respeito a Leão XIII (1878-1903), conforme o brasão de armas de sua família, os Pecci que significa cometa.
 
Em seu tempo, as pessoas se impressionavam com sua espiritualidade, e chegavam a ver nele uma aura de luz.
 
Durante a primeira grande guerra o Papa foi Bento XV (1914-22), que Malaquias descreveu como Religio Depopulata (religião ou cristianismo desgastado), que previu a morte de milhões de membros de todas as igrejas em Flandres e em muitas partes do mundo.
 
Pio XII (1939-1958) foi anunciado por Malaquias como Pastor Angelicus (Pastor angelical).
 
Este Papa é do tempo em que eu tinha doze anos de idade. Pio XII era fã de Tomás de Aquino, conhecido na igreja como Doutor Angelical, um mestre e doutor da Igreja cuja Suma Teológica é um “must” dos teólogos,.
 
(Doei toda a patrística e a Suma Teológica para o Seminário Teológico de Pindamonhangaba onde estudei).
 
Na linha sucessória veio João XXIII (1958-1963) profetizado como Pastor et Nauta, pastor e navegador. Malaquias sugere em suas profecias que ele se destacaria pela forma como haveria de guiar os assuntos papais e a Igreja Católica, o que se cumpriu por sua iniciativa de promover novas idéias e abrir as janelas da igreja aos novos ventos, especialmente em relação aos protestantes. Também dele partiu a idéia de se rezar as missas no vernáculo de cada país e não no latim.
 
Dele partiu a idéia do ecumenismo.
 
Em 1963 foi a vez de Paulo VI ser coroado Papa. Malaquias o chamou de “Flor das flores”, e seu brasão de armas tinha uma forma floral.
 
O autor que consultei não chegou a citar os demais Papas, pois seu livro foi editado em 1969.
 
Mas Paulo VI era de Concesio e exerceu seu pontificado de 1963 a 1978.
 
Mas Malaquias profetizou que o Papa seguinte seria De Medietate Lunae (da meia-lua), que por certo se aplicaria ao Papa João Paulo I, de Belluno, (bela lua?) que durou apenas 32 dias, e cuja morte ficou sob suspeita de haver sido envenenado, como revelou o livro, Em Nome de Deus na década de 70.
 
Depois viria De Labore Solis (procedente do trabalho do sol), uma referência que pode ser atribuída a João Paulo II recentemente falecido, vindo da classe operária da Polônia. João Paulo II exerceu o pontificado de 1978 a 2005.
 
O Papa seguinte nas profecias de Malaquias seria Gloria Olivae (glória das oliveiras).
 
Apesar do pontificado de curta duração, João Paulo I está na relação dos Papas da igreja.
 
Assim, o Glória das Oliveiras tem de ser necessariamente o Papa atual, Bento XVI.
 
Quem sabe ele tem sangue judeu, ou fará alguma coisa em relação a Israel, contra ou a favor?
 
Se você quiser certificar-se melhor pode conferir a relação de todos os Papas da igreja disponíveis na Internet.
 
Conforme as profecias de Malaquias, depois do Papa atual Roma conhecerá Petrus Romanus (Pedro de Roma).
 
São do conhecimento da igreja Católica as profecias de Monge de Pádua que profetizou sobre os últimos vinte Papas da igreja, profecias impressas pela primeira vez em 1890 a partir dos manuscritos elaborados ao redor de 1740.
 
Não se sabe com precisão o ano de suas profecias, mas foi durante os reinados de Clemente XII ou Bento XIV.
 
As profecias do Monge de Pádua seguem a linha de Malaquias, mas fornecem mais detalhes, às vezes dando o nome do Papa a quem a profecia se refere.
 
Por exemplo, ele profetizou que De Medietate Lunae (meia-lua) seria um Papa enviado a Roma pelo Doutor Divino, e seu reinado seria marcado pelas perseguições a igreja Católica, e que ele cairia vítima de seus inimigos.
 
Na realidade, quando ele tomou posse a Igreja Católica estava envolvida no grande roubo e falcatruas do Banco Vaticano e de negócios nada honestos no comércio internacional.
 
Existem suspeitas de que João Paulo I teria sido assassinado.
 
Portanto, eis aí um tema interessante que deve ser analisado por todos quantos se interessam em conhecer o fim dos tempos.
 
As profecias de Malaquias parecem precisas até o momento, e seguem a mesma linha dos principais vaticinadores que viveram ao longo da história, uma tendência em todos os povos do mundo, cujos profetas sempre vaticinaram certos acontecimentos mundiais.
 
Longe de querer afirmar que acreditamos em tudo, vale o esforço de analisar e conferir, porque, na realidade, a seqüência de Papas cumpriu-se perfeitamente até agora, conforme as profecias de Malaquias, e seu cumprimento indica que alguma coisa acontecerá nos próximos anos em relação a Roma ou Vaticano.
 
Obviamente que o autor do livro pesquisado e publicado em 1969 fez um cálculo surpreendente afirmando de que isto poderia acontecer por volta de 2013.
 
Mas, no que concerne a datas, Deus é um especialista em nos confundir. Russel Nornam Champling nosso mais famoso teólogo já cometeu também o deslize de fazer profecias do tempo do fim que nunca se cumpriram.
 
Cuidado, pois, e não saia por aí pregando sobre o fim dos tempos, usando apenas uma informação curiosa da história que estou repassando aos meus leitores.
 
O mesmo Deus que revela o futuro aos seus profetas, pode mudar o rumo da história.
 
De vez em quando ele nos surpreende.

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