quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Pastores e Ovelhas de Fantasia?



Pastores de Fantasia e Ovelhas de Fantasia
É claro demais: não havendo ovelhas, não há necessidade alguma nem de igrejas nem de pastores.
Tão claro quanto: não havendo alunos, não há necessidade nem de escolas, nem de professores; não havendo doentes, não há necessidade nem de hospitais, nem de médicos.
Isto quer dizer que, havendo ovelhas, há necessidade de pastores.
Assim como há decepção mútua entre estudante e professor, há também decepção mútua entre ovelha e pastor.
Os dois tem de saber que a decepção é de ambos os lados.

Assim é mais fácil tratar do problema do relacionamento entre um e outro.
É como se fosse um desconforto conjugal, que exige humildade e diálogo de ambos os cônjuges para recuperar a harmonia perdida.
O problema é antigo e preocupante. 
Há ovelhas que se queixam amargamente de seus pastores e há pastores que se queixam amargamente de suas ovelhas. 
Enquanto Deus se queixa de ambos ou, conforme o caso, só de um deles.
No livro do profeta Zacarias há uma palavra muito dura contra os pastores: “Ai do pastor imprestável, que abandona o rebanho” (Zc. 11:17).
Em outras versões, o “pastor imprestável” tem sido pitorescamente chamado de “pastor de nada”, “pastor de coisa nenhuma” e “pastor de fantasia”.
Esse pastor é aquele que não se preocupa com as ovelhas.
Não procura a que está desgarrada, nem cura as machucadas, nem alimenta as sadias, mas come a carne das ovelhas mais gordas (Zc. 11:16).
O quadro é patético. 
Serve para contrastar com o comportamento do Bom Pastor por excelência.
Se há “pastores de fantasia”, os tais pastores mercenários a quem Jesus se refere (Jo.10:12), pastores sem alma, sem dedicação, sem testemunho, sem autoridade, sem mensagem, há também ovelhas obstinadas, que tapam os ouvidos para não ouvir, como o próprio Zacarias admite (Zc. 7:11).
Há muitos pastores não de fantasia que já não sabem o que fazer por essas ovelhas imprestáveis, essas ovelhas de fantasia.
Um deles, o profeta Jeremias, queixou-se de que pregou em vão durante vinte e três anos, dia após dia (Jer. 23:3).
Outro, o apóstolo Paulo, queixou-se de que suas ovelhas de Corinto, nunca saíram da carnalidade para a espiritualidade, nem do leite para o alimento sólido, nem dos “ensinos elementares” para as “coisas difíceis de entender” (1 Cor. 3:1-3; Hb. 5:11-14).

Fonte: ULTIMATO

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