Tenho visto coisas...
João Antônio de Souza Filho
Abril de 2015
Meus amigos tenho visto coisas nas redes sociais e nos jornais que causam espanto a qualquer pessoa cristã que mantém a ortodoxia da fé.
Imagens de “cultos” que são, na realidade, cópias das reuniões afro, em que tambores, danças e línguas estranhas indicam a presença de demônios.
Imagens de “cultos” que são, na realidade, cópias das reuniões afro, em que tambores, danças e línguas estranhas indicam a presença de demônios.
Os líderes usam capas de diversas cores, como túnicas; diferentemente de uma veste litúrgica e as pessoas estão vestidas de branco como nos centros de religiões de cultos afro.
Nem digo espíritos enganadores, porque estes são sutis em suas aparições e sutis ao enganar; digo demônios porque são visíveis, inconfundíveis a qualquer cristão.
Vejo manifestações carnais apresentadas como unção de Deus.
Pessoas recebendo “poder” soprando o fogo num daqueles tonéis partidos ao meio que o pobre usa em casa como churrasqueira. Quando as labaredas sobem, o “crente” fica como possesso de algum espírito.
Vi também uma falsificação em que um pastor transforma água em vinho, e deve ter escondido o K-suco em pó no fundo da jarra vermelha que não é transparente de propósito.
E o povo vibrando com o milagre!
E o povo vibrando com o milagre!
Vejo e ouço pregações que nada tem a ver com a Palavra de Deus; ou são mensagens apenas de autoajuda ou aqueles blá-blá-blá inconfundíveis de quem se diz estar cheio do Espírito.
Pregações bíblicas são raras nos dias de hoje.
Sim, tem muitas pregações tópicas, mas não se ouvem pregações expositivas, em que o pregador toma um capítulo inteiro ou um episódio e expõem as verdades para o povo.
As pessoas de meu relacionamento me enviam vídeos de músicas, pregações, cultos para que eu analise. Estou cheio dessas coisas. Não sou analista religioso.
Sou um pastor simples que têm os dons espirituais para perceber quando alguém sai do Espírito e no momento seguinte está na carne ou se expressando por algum espírito enganador.
Sou pentecostal da terceira geração, conheci os pentecostais da primeira geração brasileira e fui amigo de muitos da segunda geração, e sei muito bem o que é o pentecostalismo genuíno e o misturado.
Falo línguas, tenho visões, revelações e, vez que outra alguns dos dons e manifestações de 1 Coríntios 12 se manifestam em mim para um fim proveitoso e, sei também quando o Espírito me diz que estou entrando na carne ou ultrapassando a linha geográfica invisível que, à guisa de espiritualidade pode me enganar.
Sei que o Espírito pode me controlar com suas rédeas de amor e não me deixar ser enganado nem enganar as pessoas.
Por ser místico dou espaço a que a razão controle os excessos, do contrário cairei naquilo que aqui condeno.
Mas, pelo que vejo e ouço nos dias de hoje a igreja brasileira tomou um rumo nada bom.
Mas, pelo que vejo e ouço nos dias de hoje a igreja brasileira tomou um rumo nada bom.
Por que digo isto?
Porque na tentativa de fugir aos excessos e perder o controle espiritual, os pastores limitam a manifestação do Espírito nos cultos tornando-os os frios e comuns.
Ou se deixam levar aos extremos por medo de ofender e entristecer o Espírito Santo. Esses dois extremos são bem visíveis na igreja brasileira.
Estão faltando igrejas centradas nas Escrituras, com louvor bíblico, manifestações do Espírito na hora certa e pregações também bíblicas, permitindo que a própria mensagem mexa com o emocional das pessoas, sem o emocionalismo carnal que aguça a alma, porém deixa o espírito da pessoa vazio.
À luz de tudo o que abordei não me resta esperança de ver a igreja – toda a igreja – perfeitamente centralizada nas Escrituras.
Porque até mesmo a igreja que Paulo fundou em Corinto costumava ser muito mística e carnal, e a separação do joio do trigo se dará ainda no futuro.
No entanto, Deus deu a igreja apóstolos, profetas e mestres para que estes sejam ortodoxos na doutrina ou ensinamento – triste afirmar que os apóstolos de hoje, muitos deles, são os menos ortodoxos.
Ortodoxia, duas palavras gregas. A primeira é “orto” reto, retitude, como os ossos da perna (daí vem a palavra ortopedia, ortodontia etc.) e a segunda é doxa, que os gregos usavam para expressar o falar corretamente, para oratórias ou ensinamentos.
Portanto, a ortodoxia da fé deixou de ser regra hoje na igreja e virou uma mescla de humanisno e positivismo.
Assim, alguns cultos em que assisto percebo mais positivismo que fé; noutros mais mística que razão.
Assim, alguns cultos em que assisto percebo mais positivismo que fé; noutros mais mística que razão.
Às vezes penso que Jesus fará uma limpeza na igreja, o que ele costuma fazer enviando períodos de tribulação e angústia por sistemas políticos e guerras, e, quando a tribulação termina, a igreja volta a desandar dos caminhos da Fé.
E, como nossa tendência de pentecostais é o medo de ofender o Espírito, aceita-se tudo como se dele procedesse.
Mas, não é assim!
A Palavra de Deus é o leme que põe a igreja no rumo.
Não se deve temer.
Quem tem o Espírito de Deus sabe quando alguém fala em línguas, porque sua mente decorou aquela língua; sabe quando alguém profetiza porque aquela pessoa já se acostumou aos chavões pentecostais; falta, isto sim, pastores corajosos que mandem o profeta calar a boca e o que está falando em línguas ficar quieto.
Quando isto acontecer, estaremos a caminho do equilíbrio, sem medo de errar!
Obviamente, desde que o pastor em questão seja uma pessoa cheia do Espírito e por ele guiado!
Portanto, é possível ser um pentecostal autêntico sem cair na extravagância daqueles que são levados pela alma ou pela razão.
Sobriedade ou equilíbrio é o que Deus pede de nós.
Quando assim procedemos, o Espírito Santo quando quer fazer algo inspirará aquele que lhe é fiel e maduro e não uma criança na fé.
Pense nisso, e até a próxima!
Caro amigo e pastor Daniel Acioli,
ResponderExcluirA Paz do Senhor.
É assim que me sinto, assino com o autor.
Oremos!
Seu conservo em Cristo e admirador,
amei esta mensagem creio que esta no tempo de viver a verdadeira palavra de Deus sem rodeios, sem medo mas com sabedoria.
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