AS DUAS PULGAS
Muitas instituições caíram e caem na armadilha das mudanças drásticas de coisas que não precisam de alteração, apenas aprimoramento.
O que lembra a história de duas pulgas.
Elas estavam conversando e então uma comentou com a outra:
- Sabe qual é o nosso problema?
Nós não voamos, só sabemos saltar.
Daí nossa chance de sobrevivência, quando somos percebidas pelo cachorro, é zero.
É por isso que existem muito mais moscas do que pulgas.
E elas contrataram uma mosca como consultora, entraram num programa de reengenharia de vôo e saíram voando.
Passado algum tempo, a primeira pulga falou para a outra:
- Quer saber?
Voar não é o suficiente, porque ficamos grudadas ao corpo do cachorro e nosso tempo de reação é bem menor do que a velocidade da coçada dele.
Temos de aprender a fazer como as abelhas, que sugam o néctar e levantam vôo rapidamente.
E elas contrataram o serviço de consultoria de uma abelha, que lhes ensinou a técnica do chega-suga-voa.
Funcionou, mas não resolveu.
A primeira pulga explicou por quê:
- Nossa bolsa para armazenar sangue é pequena, por isso temos de ficar muito tempo sugando.
Escapar, a gente até escapa, mas não estamos nos alimentando direito.
Temos de aprender como os pernilongos fazem para se alimentar com aquela rapidez.
E um pernilongo lhes prestou uma consultoria para incrementar o tamanho do abdômen.
Resolvido, mas por poucos minutos.
Como tinham ficado maiores, a aproximação delas era facilmente percebida pelo cachorro, e elas eram espantadas antes mesmo de pousar.
Foi aí que encontraram uma saltitante pulguinha:
- Ué, vocês estão enormes!
Fizeram plástica?
- Não, reengenharia.
Agora somos pulgas adaptadas aos desafios do século XXI.
Voamos, picamos e podemos armazenar mais alimento.
- E por que é que estão com cara de famintas?
- Isso é temporário.
Já estamos fazendo consultoria com um morcego, que vai nos ensinar a técnica do radar.
E você?
- Ah, eu vou bem, obrigada.
Forte e sadia.
Era verdade.
A pulguinha estava viçosa e bem alimentada.
Mas as pulgonas não quiseram dar a pata a torcer:
- Mas você não está preocupada com o futuro?
Não pensou em uma reengenharia?
- Quem disse que não?
Pensei, sim!
E fui conversar com a minha avó, que tinha a resposta na ponta da língua.
- E o quê ela disse?
- Não mude nada.
Apenas sente no cocuruto do cachorro.
É o único lugar que a pata dele não alcança.
MORAL: Você não precisa de uma reengenharia radical para ser mais eficiente.
Muitas vezes, a GRANDE MUDANÇA é uma simples questão de reposicionamento.
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Meu grande amigo e precioso irmão
ResponderExcluirRev. Daniel.
Que grande alegria é encontrá-lo nesta blogosfera, e ser ricamente abençoado pelo seu excelente blog.
Um fraternal abraço de seu sempre amigo,
Pastor Marcos Antonio da Silva
Salmo 16:3
Excelente! As pulgas têm muito a nos ensinar!
ResponderExcluirLembrei-me da pulga que atravessou uma ponte em cima da orelha dum elefante. Ao chegarem do outro lado, ela disse ao enorme animal que andou sobre a ponte com cuidado para que não se rompesse: "Balançamos a ponte!"
Moral da história: não devemos supervalizar o nosso trabalho, mas reconhecer a nossa pequenez. Afinal, é o Senhor quem nos tem dado graça para fazer a sua obra (1 Pe 5.6; Tg 4.6).
Que Deus o abençoe, pastor Acioli.
Ciro Sanches Zibordi
Estamos vendo muitos tentando se reinventar, tornar-se mais atual, mais moderno ou pós-moderno, e ao se reinventarem tornam-se cada vez mais diferentes e distantes do ideal biblico.
ResponderExcluirDaniel, você é genial. Não seide onde tirou as pulgas modernas, mas a lição da pulguinha tradicional vale mai que as outras! Gostei mesmo. Estou redesenhado por Cristo que me apliou sua reengenharia: Puriicou-me de meu pecados e me capacitou para o ministério.
ResponderExcluirPastor
João A. de Souza filho em www.pastorjoao.com.br
Prezamado pr. Daniel Acioli,
ResponderExcluirA Paz do Senhor!
O Evangelho é simples e objetivo, e esta lição poderá provocar pensamentos e análises, principalmente, por quem vive na simplicidade, e admite como o meu amigo professor, pr. Ciro, sobre a nossa posição correta diante de Deus.
Não precisamos de uma reengenharia em nossa fé, ou na sua aplicação. O que precisamos é entender a capacidade de Deus, em nos fazer subsistir mediante a nossa fragilidade, e necessidade do seu amor, misericórdia e bondade.
Realmente necessitamos entender esta mensagem sobre estas pequenas pulgas.
pr. Newton Carpintero
www.pastornewton.com