sábado, 13 de fevereiro de 2016

Métodos e Modelos!

Tenho sido questionado, consultado, interrogado, abordado sobre a atual debandada feita por alguns pastores da Assembléia de Deus por este rincão brasileiro, incluso o nosso querido Paraná, mudando liturgia, nomenclatura quanto a Templo Sede para prédio ou filial, estabelecendo critérios da síndrome do papagaio (O Fato de elaborar um esboço e os seus liderados os repetem nas células)!

Sou membro desta Igreja por longos anos e isso vai chegando a 53 anos, sou nascido e criado no berço evangélico!

Tive experiencia com Deus em minha adolescência, batizado com Espirito Santo aos 17 anos, aluno assíduo da Escola Bíblica Dominical e o habito pela leitura veio na infância, contumaz leitor tenho por costume "devorar livros", examinando, pesquisando etc, etc...

Debruçando sobre estes livros no afã de aprender e não brincar com a minha salvação, pois é serio esse assunto!

Com respeito ao assunto que vou abordar, faço pelo motivo acima exposto, são muitos os questionamentos dentro do arraial assembleiano!

Crente na pregação Cristocêntrica e crendo piamente sobre o lema: Jesus Cristo: Salva, Cura, Batiza no Espirito Santo e leva o crente para o Céu!

A Pregação pura e simples do Evangelho sem "adendos" tão comuns nestes últimos dias.

Há uma busca de novos métodos e modelos para alcançar vidas para Cristo!

E assim começa a surgir situações que deturpam a doutrina da Salvação e coloca o homem como intermediário neste processo, quando na verdade este é apenas o mensageiro. 

Posto abaixo a carta de um amigo, escritor, tradutor, professor, premiado no Brasil por livro escrito e afins!

Exímio palestrante e foi através de um artigo seu que me chamou atenção e vontade de conhece-lo, para alegria de minha alma, visitando um amigo no Distrito Federal o encontrei e a partir daí a amizade se tornou real e perdura até hoje!

E não é que este amigo me enviou este depoimento pessoal dele?


"A primeira vez que ouvi sobre discipulado foi em 1973, isto que já estava no santo ministério da Palavra desde 1964! 

Encontrei-me com Juan Carlos Ortiz em maio daquele ano num encontro de renovação em Embalse de Rio Terceiro e, passamos a nos encontrar duas vezes por ano até meados de 1976. 

Ortiz se deslocava de Buenos Aires para Porto Alegre e ali treinava-nos sobre o discipulado cristão. 

Éramos um pequeno grupo de pastores que aguardávamos a chegada de Ortiz sempre com grande expectativa. 

Boquiabertos e extasiados, ouvíamos sua exposição da Palavra de Deus e suas experiências ministeriais. Ele era um revolucionário em termos de vida cristã. 

Devorávamos as fitas gravadas com suas mensagens e seus livros, ávidos por um maior mover de Deus entre nós. 

Depois, ele fixou residência nos Estados Unidos e nossos encontros cessaram completamente.

Outros irmãos de Buenos Aires passaram a ser nossos orientadores nesse tema e vinham constantemente a Porto Alegre manter comunhão conosco. 

E começamos a primeira comunidade cristã, creio que a primeira do Brasil em 1974 fundamentando a vida dos novos irmãos dentro da visão do discipulado cristão aprendido com Ortiz.

Em 1973 traduzimos para consumo próprio o livro Autoridade Espiritual escrito por Watchman Nee, anos mais tarde editado pela Editora Vida. 

O assunto de Nee fez uma reviravolta em nosso ministério. 

Começamos, portanto, uma nova comunidade onde a autoridade no discipulado era o principal fundamento e onde Nee se fazia presente todo tempo. 

Ler o livro tornou-se uma obrigatoriedade a todo discípulo. 

No que diz respeito a restauração da autoridade na vida da Igreja o resultado foi excelente, mas quanto ao uso da autoridade ensinada por Nee, em certos aspectos, formamos "chefes" e não discipuladores; "hierarquia" e não pastores com o coração no rebanho! 

Cada pessoa era treinada aprendendo os fundamentos da fé cristã, as doutrinas essenciais, o viver diário, que passou a ser chamado de A Porta e o Caminho

O querigma (proclamação) e o didaquê (o ensino). 

Uma nova geração de pessoas foi ganha para Cristo aprendendo sobre a vida cristã, sem nunca frequentar escolas dominicais, institutos bíblicos, mas recebendo o fundamento necessário que as levou a tornarem-se verdadeiros obreiros de Cristo, mestres na palavra e no ensino.

Enquanto tivemos a primeira e a segunda geração de discípulos o discipulado fluía a contento. 

No entanto, a partir da terceira geração o que para nós era um estilo de vida passou a ser um método para os novos; o que era um meio de amadurecer-nos em Cristo, tornou-se um fim em si mesmo. 

O que para nós era uma revelação, para esses novos era apenas um conceito, um método de crescimento e treinamento. 

A terceira geração começou a radicalizar o processo e, vinte anos depois o discipulado era apenas um método em que a autoridade, e não o serviço passou a ser o principal elemento. 


"Com tristeza víamos os discipuladores dominando as pessoas, exigindo delas total submissão e autoridade sem enfatizar as duas regras básicas do verdadeiro discipulado: Amor e serviço. " 

(Vai continuar)


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