sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

E a carapuça vai para...................................?

Depois de vários anos afastada dos Estados Unidos servindo a missões na França, Mentanna Campbell procurou e visitou diversas igrejas para poder começar a congregar, mas depois de inúmeras tentativas e decepções com os fiéis, a Missionária decidiu enviar uma carta a todas as igrejas relatando o que passou e toda a sua indignação com o que seria uma espécie de “esquecimentos” da igreja.



Na carta Mentanna aponta erros facilmente praticados pelas igrejas que ao invés de conseguir novas conversões, só afasta as pessoas dos templos.

A repercussão da famosa carta gerou uma grande polêmica.

Abaixo você confere a carta da missionária na integra traduzida pelo Pavablog:

Caros membros das igrejas,


Estou procurando uma igreja.

Já sou crente, então posso dizer que sou uma “presa fácil”.

Vocês não precisam me convencer que Deus existe ou que é importante ir à igreja regularmente.

Faço parte daquele percentual estimado de 20% dos membros que se envolvem ativamente e estou disposta a servir usando meus dons.

Realmente quero encontrar uma igreja (e logo), mas confesso que essa busca tem sido mais difícil do que esperava.

Vejo tantas coisas que me fazem querer virar as costas e voltar para minha casa.

Ah, sei que nenhuma igreja é perfeita.

Não estou procurando por isso.

Porém, tenho ficado surpresa ao ver como é difícil ser visitante, e me pergunto se vocês realmente lembram o que sente alguém nessa condição.

Portanto, esta carta é só para os ajudarem a entender um pouco do que tenho experimentado enquanto vou de uma igreja para a outra.

Sei que as pessoas que estão na igreja há um longo tempo esqueceram como é difícil este processo de busca. Então, parem por um momento e me escutem.

Acho que poderia dar algumas sugestões úteis para a sua igreja.

Por favor, não criem um espaço para recepção de visitantes e depois ignorem as pessoas novas quando elas aparecem.

Escolha sabiamente as pessoas que vão fazer parte disso.

Sei que é fácil falarmos com alguém que já conhecemos, mas realmente acho que os “recepcionistas” deveriam estar disponíveis e prontos para ajudar qualquer pessoa que aparecer para o culto e fizer perguntas.

Quer dizer, fico feliz de escutar sobre o exame de sua filha para tirar carteira de motorista durante alguns minutos, mas depois fico um pouco inquieta.

Nós, os visitantes, já chegamos um pouco desconfiados, por isso não me faça esperar muito tempo para depois tentar descobrir onde fica a porta para o santuário ou saber se o café que vocês oferecem é de graça, ou não.

Por favor, não me ofereçam alguma “lembrancinha” só porque fui visitar sua igreja.

Não preciso de um vale-café do Starbucks ou de uma caneta elegante.

Com certeza, não quero receber uma cópia da Constituição, juntamente com um discurso de 10 minutos sobre meu dever de votar segundo padrões bíblicos e morais.

O presente que vocês me oferecem parecem ser um tipo de suborno.

Fazem-me sentir como se estivessem vendendo uma imagem, em vez de me oferecer um lugar para pertencer.

Quero que a autenticidade e o compromisso que têm com Cristo me faça sentir vontade de voltar, não a promessa de ganhar um livro ou CD.

Não façam chantagem emocional, não apelem para meus sentimentos de culpa nem despertem em mim a ganância.

Não é para isso que vou ao culto.

Não me apresentem “passos” para conquistar algo que ainda não tenho, nem me envolvam em alguma campanha ou me ensinem a comprar o favor divino.

Definitivamente, o que desejo ouvir é sobre o amor de Deus e o que posso fazer para conhecê-lo melhor.

Poupem-me de seus discursos prontos sobre coisas que não fazem parte de minha realidade.

Apenas apontem-me o caminho e se ofereçam para andar comigo por ele.

Ofereçam-me uma Bíblia, se quiserem, pois nem todo mundo carrega uma consigo o tempo todo, sabe?

Deem-me informações sobre sua igreja e o que ela crê, para eu levar para casa e ler com calma.

Por favor, não me tratem como a única menina em uma sala cheia de rapazes solteiros loucos para se casar.

Vamos dizer que estou mais interessada em quem você é e como você me olha.

Não vou assumir um compromisso antes de ter certeza que este é o lugar para mim.

Por favor, falem comigo.

Não olhem para mim com ar de julgamento para só depois decidirem se aproximar.

Não se esqueçam de que os visitantes não conhecem ninguém.

Já nos sentimos diferentes de qualquer maneira.

Aproximem-se de nós e estendam a mão.

Apresentem-se.

Perguntem alguma coisa.

Nada é pior que passar mais de uma hora cercado por pessoas e ver que ninguém fala com você.

Por favor, incluam em seu site informações sobre como é a sua igreja.

Eu preciso saber como me vestir e se meus filhos terão um espaço separado ou não.

Gostaria de saber mais para estar preparada caso precise entreter meu filho pequeno durante os 45 minutos do sermão.

Por favor, não me obriguem a preencher um cartão de visitante.

Não me obriguem a fornecer qualquer tipo de informação.

Não fiquem ofendidos nem insistam se eu me recusar a fazer isso.

Não quero ferir os sentimentos de ninguém, por isso não me façam inventar desculpas.

A verdade é que não estou interessada em preencher nada até ter a certeza de que sua igreja pode ser uma boa opção para mim.

Sei que temos muita coisa para fazer.

Sei que as pessoas estão ocupadas na manhã de domingo tentando levar os filhos para a Escola Dominical na hora certa ou tentando terminar a conversa no último minuto antes de o culto começar.

Sei que vocês querem que mais pessoas venham e participem de sua igreja.

Estou apenas tentando ajudar, tentando lembrar-lhes como se sente quem está do “outro lado”.

Obrigado a todos vocês que realmente nos acolheram, nos levaram para o santuário, pararam para falar conosco e nos apresentaram aos outros membros.

A bondade de vocês nos conduziu à presença do Senhor, e somos gratos por isso.


Eu te amo, igreja. Realmente amo.

Sua irmã que está buscando,
Mentanna Campbell

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Para quem gosta de titulos.....

Sentença para aquele juiz que exigiu ser chamado de Doutor no condomínio.



Juiz é Senhor, Doutor ou Vossa Excelência?

Dignidade conta mais...

"Você" ou "Doutor" ? Ou seria Vossa Excelência?

LEMBRAM DO JUIZ QUE ENTROU NA JUSTIÇA CONTRA O CONDOMÍNIO EM QUE MORA, POR CAUSA DO TRATAMENTO DE "'VOCÊ" DADO A ELE PELO PORTEIRO?

POIS É, SAIU A SENTENÇA, LEIAM ABAIXO.

OBSERVEM A BELA REDAÇÃO, BEM ARGUMENTADA, ATÉ SOLIDÁRIA DO JUIZ ALEXANDRE EDUARDO SCISINIO PARA COM O JUIZ QUE SE QUEIXA, MAS....

UMA VERDADEIRA AULA DE DIREITO E DE PORTUGUÊS!

Processo distribuido em 17/02/2005, na 9ª vara cível de Niterói - RJ

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - COMARCA DE NITERÓI - NONA VARA CÍVEL

Processo n° 2XXXX.002.003424- 4

S E N T E N Ç A

Cuidam-se os autos de ação de obrigação de fazer manejada por A. M. S. M. NETO contra o CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO L.V. e J.G., alegando o autor fatos precedentes ocorridos no interior do prédio que o levaram a pedir que fosse tratado formalmente de "senhor".

Disse o requerente que sofreu danos, e que esperava a procedência do pedido inicial para dar a ele autor e suas visitas o tratamento de "Doutor, senhor" "Doutora, senhora", sob pena de multa diária a ser fixada judicialmente, bem como requereu a condenação dos réus em dano moral não inferior a 100 salários mínimos. (...)

DECIDO: "O problema do fundamento de um direito apresenta-se diferentemente conforme se trate de buscar o fundamento de um direito que se tem ou de um direito que se gostaria de ter." (Noberto Bobbio, in "A Era dos Direitos", Editora Campus, pg. 15).

Trata-se o autor de Juiz digno, merecendo todo o respeito deste sentenciante e de todas as demais pessoas da sociedade, não se justificando tamanha publicidade que tomou este processo.

Agiu o requerente como jurisdicionado, na crença de seu direito.

Plausível sua conduta, na medida em que atribuiu ao Estado a solução do conflito.

Não deseja o ilustre Juiz tola bajulice, nem esta ação pode ter conotação de incompreensível futilidade.

O cerne do inconformismo é de cunho eminentemente subjetivo, e ninguém, a não ser o próprio autor, sente tal dor, e este sentenciante bem compreende o que tanto incomoda o probo

Requerente.

Está claro que não quer, nem nunca quis o autor, impor medo de autoridade, ou que lhe dediquem cumprimento laudatório, posto que é homem de notada grandeza e virtude.

Entretanto, entendo que não lhe assiste razão jurídica na pretensão deduzida.

"Doutor" não é forma de tratamento, e sim título acadêmico utilizado apenas quando se apresenta tese a uma banca e esta a julga merecedora de um doutoramento.

Emprega-se apenas às pessoas que tenham tal grau, " e mesmo assim no meio universitário " . Constitui-se mera tradição referir-se a outras pessoas de 'doutor', sem o ser, e fora do meio acadêmico.

Daí a expressão doutor honoris causa - para a honra -, que se trata de título conferido por uma universidade à guisa e homenagem a determinada pessoa, sem submetê-la a exame.

Por outro lado, vale lembrar que "professor" e "mestre" são títulos exclusivos dos que se dedicam ao magistério, após concluído o curso de mestrado.

Embora a expressão "senhor" confira a desejada formalidade às comunicações - não é pronome -, e possa até o autor aspirar distanciamento em relação a qualquer pessoa, afastando intimidades, não existe regra legal que imponha obrigação ao empregado do condomínio a ele assim se referir.

O empregado que se refere ao autor por "você", pode estar sendo cortês, posto que "você" não é pronome depreciativo.

Isso é formalidade, decorrente do estilo de fala, sem quebra de hierarquia ou incidência de insubordinação.

Fala-se segundo sua classe social.

O brasileiro tem tendência na variedade coloquial relaxada, em especial a classe "semi-culta", que sequer se importa com isso.

Na verdade "você" é variante - contração da alocução - do tratamento respeitoso "Vossa Mercê".

A professora de linguística Eliana Pitombo Teixeira ensina que os textos literários que apresentam altas freqüências do pronome "você", devem ser classificados como formais.

Em qualquer lugar desse país, é usual as pessoas serem chamadas de "seu" ou "dona", e isso é tratamento formal.

Em recente pesquisa universitária, constatou-se que o simples uso do nome da pessoa substitui o senhor/a senhora e você quando usados como prenome, isso porque soa como pejorativo tratamento diferente.

Na edição promovida por Jorge Amado "Crônica de Viver Baiano Seiscentista", nos poemas de Gregório de Matos, destacou o escritor que Miércio Táti anotara que "você" é tratamento cerimonioso. (Rio de Janeiro, São Paulo, Record, 1999).

Urge ressaltar que tratamento cerimonioso é reservado a círculos fechados da diplomacia, clero, governo, judiciário e meio acadêmico, como já se disse.

A própria Presidência da República fez publicar Manual de Redação instituindo o protocolo interno entre os demais Poderes.

Mas na relação social não há ritual litúrgico a ser obedecido.

Por isso que se diz que a alternância de "você" e "senhor" traduz-se numa questão sociolingüística, de difícil equação num país como o Brasil de várias influências regionais.

Ao Judiciário não compete decidir sobre a relação de educação, etiqueta, cortesia ou coisas do gênero, a ser estabelecida entre o empregado do condomínio e o condômino, posto que isso é tema interna corpore daquela própria comunidade.

Isto posto, por estar convicto de que inexiste direito a ser agasalhado, mesmo que lamentando o incômodo pessoal experimentado pelo ilustre autor, julgo improcedente o pedido inicial, condenando o postulante no pagamento de custas e honorários de 10% sobre o valor da causa. P.R.I.

Niterói, 2 de maio de 2005.


ALEXANDRE EDUARDO SCISINIO

Juiz de Direito/


NÃO É QUE, NESTE PAÍS AINDA EXISTEM JURISTAS HONRADOS E CULTOS?

Nem tudo está perdido...

“O PAÍS ESTÁ PERDIDO!” (…) POR ISSO, AQUI COMEÇAMOS A APONTAR O QUE PODEMOS CHAMAR DE ' O PROGRESSO DA DECADÊNCIA' !!!!!"

Eça de Queiroz, em 1871

(não dá pra abandonar a outra frase!)


"A MAIOR CRISE NO PAÍS, DA QUAL NINGUÉM FALA, É A DE CARÁTER!!!!!"

Exemplos, Referencias e referenciais....

O Exemplo Sempre Fala mais Alto


Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver.

Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver.

Observando esta pequena história a seguir, podemos tirar exemplos para o viver diário que é construído de pequenas ações.

- As sandálias do discípulo fizeram um barulho especial nos degraus da escada de pedra que levavam aos porões do velho convento.

Era naquele local que vivia um homem muito sábio.

O jovem empurrou a pesada porta de madeira, entrou e demorou um pouco para acostumar os olhos com a pouca luminosidade.

Finalmente, ele localizou o ancião sentado atrás de uma enorme escrivaninha, tendo um capuz a lhe cobrir parte do rosto.

De forma estranha, apesar do escuro, ele fazia anotações num grande livro, tão velho quanto ele.

O discípulo se aproximou com respeito e perguntou ansioso pela resposta:

-- Mestre, qual o sentido da vida?

O idoso monge permaneceu em silêncio.

Apenas apontou um pedaço de pano, um trapo grosseiro no chão junto à parede.

Depois apontou seu indicador magro para o alto, para o vidro da janela, cheio de poeira e teias de aranha.

Mais do que depressa, o discípulo pegou o pano, subiu em algumas prateleiras de uma pesada estante forrada de livros.

Conseguiu alcançar a vidraça, começou a esfregá-la com força, retirando a sujeira que impedia a transparência.

O sol inundou o aposento e iluminaram com sua luz estranhos objetos, instrumentos raros, dezenas de papiros e pergaminhos com misteriosas anotações.

Cheio de alegria, o jovem declarou:

-- Entendi, mestre.

Devemos nos livrar de tudo aquilo que não permita o nosso aprendizado.

Buscar retirar o pó dos preconceitos e as teias das opiniões que impedem que a luz do conhecimento nos atinja.

Só então poderemos enxergar as coisas com mais nitidez.

Fez uma reverência e saiu do aposento, a fim de comunicar aos seus amigos o que aprendera.

O velho monge, de rosto enrugado e ainda encoberto pelo largo capuz, sentiu os raios quentes do sol a invadir o quarto com uma claridade a que se desacostumara.

Viu o discípulo se afastando, sorriu levemente e falou:

-- Mais importante do que aquilo que alguém mostra é o que o outro enxerga.

Afinal, eu só queria que ele colocasse o pano no lugar de onde caiu.

Pense em como aquilo que você faz todos os dias, está influenciando os outros.

Por isso, aja sempre no bem.

Faça as coisas corretas, começando pelas pequenas coisas como, por exemplo, manter limpa a cidade.

Seja você aquele que não joga papel no chão.

Coloque-o no bolso, na bolsa, num lugarzinho no chão do carro.

Quando passar por uma lixeira, deposite-o ali.

Seja você aquele que respeita os sinais de trânsito.

Não estacione seu carro sobre a calçada.

Não estacione em fila dupla.

Respeite as filas de ônibus, do banco, do supermercado, em qualquer lugar.

Espere a sua vez sem reclamar nem falar mal.

Preserve a paz.

Não arranque flores dos jardins públicos, mesmo que seja para plantar em sua casa, em seu jardim.

Preserve o que é de todos.

Enfim, dê o bom exemplo em tudo.

Ao seu lado, sempre haverá uma criança, um jovem, um adulto, alguém enfim que se achará no direito de fazer o que você faz, principalmente se você for alguém que ele respeita, como o pai, a mãe, o professor, o melhor amigo, o político conhecido na cidade.

E lembra-se: "mais importante do que aquilo que alguém mostra é o que o outro enxerga".

Pense nisso!!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A cruz do passado, e a cruz do presente

A.W.Tozer

Tradução de João A. de Souza Filho

Nota do tradutor: Tozer, missionário da Aliança Cristã e Missionária, fundada por A.B. Simpson nasceu em 1897 e faleceu em 1963 aos 66 anos.

Em 1950 (eu tinha quatro anos de idade) Tozer já detectava o problema da modernidade entre os evangélicos no artigo extraído de um de seus livros, que aqui traduzo.

Silenciosamente e sem que se apercebesse, uma nova cruz apareceu nesses tempos modernos tomando conta dos círculos evangélicos.

É muito parecida com a velha cruz, mas só na aparência, porque é diferente: A semelhança é superficial, e a diferença fundamental.

Dessa nova cruz apareceu uma nova filosofia de vida cristã e a partir dessa nova filosofia surgiu uma nova técnica evangélica, um novo tipo de culto e de pregações.

Esse novo evangelismo usa a mesma linguagem que o antigo, mas seu conteúdo já não é o mesmo e suas ênfases não são iguais ao velho evangelho.

A velha cruz não estava engajada com o mundo.

Para a velha carne adâmica ela significava o fim de uma jornada.

Carregava consigo a sentença imposta pela lei do Sinai.

A nova cruz não se opõe à raça humana, ao contrário, é uma amiga e, se bem compreendida tornou-se a fonte de bem-estar, de beleza e de inocentes prazeres mundanos.

Ela permite que o Adão viva sem interferências. As motivações de sua vida continuam a mesma; o homem não muda.

Continua a viver para seu próprio prazer, com a diferença de que agora se deleita em cantar hinos e de ver filmes cristãos – os quais se tornaram substitutos das músicas do mundo e das bebidas.

A tônica de sua vida continua o prazer – um prazer num nível mais elevado e intelectualizado.

A nova cruz encoraja uma abordagem evangelística totalmente diferente. O novo evangelho não exige que a pessoa renuncie à vida de pecado para poder receber uma nova vida.

Ele não aborda os contrastes, mas as similaridades.

Faz questão de mostrar ao seu auditório que o cristianismo não faz exigências e demandas desconfortáveis, ao contrário, oferece o que o mundo dá, apenas num nível superior.

Os glamoures do mundo são substituídos pelos glamoures da nova religião que é um produto bem melhor.

A nova cruz não sacrifica o pecador, apenas o redireciona.

Ela o conduz por uma vida mais limpa e alegre e preserva sua auto-reputação.

Para o auto-determinado diz: Venha e tome uma determinação por Cristo.

Ao egoísta proclama: Venha e se alegre no Senhor.

Para o aventureiro, diz: Venha e descubra a aventura da comunhão cristã.

A mensagem cristã segue a moda em voga para ser aceitável ao público.

A filosofia por trás dessa cruz pode até ser sincera, mas a sinceridade não encobre sua falsidade.

É falsa porque é cega.

Perde de vista completamente o sentido da cruz.

A velha cruz é símbolo de morte. Está ali para dizer ao homem de forma violenta que sua vida chegou ao fim.

No império romano quando alguém passava pelas estreitas ruas carregando uma cruz, já havia se despedido de todos os amigos.

Não podia voltar atrás. Tinha de seguir até o fim.

A cruz não permitia acordos, nada modificava e nada preservava.

Ela matava o homem completamente e para seu bem.

A cruz não fazia acordos com sua vítima; ela agia de maneira cruel e dura, e quando sua tarefa terminava, o velho homem deixava de existir.

A raça adâmica está condenada a morrer.

Não há comutação ou substituição da pena nem escape.

Deus não aprova nenhum dos frutos do pecado, por mais inocente ou belo que pareçam aos olhos do ser humano.

Deus salva o homem liquidando-o completamente pra depois ressuscitá-lo a um novo estilo de vida.

A evangelização que traça paralelos amistosos entre os caminhos de Deus e do homem é falsa, anti-bíblica e cruel para as almas dos ouvintes.

A fé de Cristo não anda paralela com o mundo; ela o intercepta.

Ao nos achegarmos a Cristo não elevamos nossa velha vida a um plano maior; nós a deixamos na cruz.

O grão precisa ser enterrado e morrer, antes de ressurgir uma nova planta.

Nós os que pregamos o evangelho devemos deixar de lado a ideia de que somos agentes do bom relacionamento de Cristo com o mundo.

Não podemos alimentar a ideia de que fomos comissionados para tornar Cristo agradável aos grandes homens de negócios, à imprensa, à mídia, ao mundo dos esportes e da cultura.

Não somos diplomatas; somos profetas, e nossa mensagem não é uma aliança, um acordo, e sim um ultimato.

Deus oferece vida, mas não a improvisação da velha vida.

A vida que ele oferece é vida que nasce da morte.

É uma vida que se posiciona ao lado da cruz.

Todos os que a querem têm de passar sob a vara.

Precisam negar-se a si mesmo aceitando a justiça de Deus sobre sua vida.

O que dizer de uma pessoa condenada que encontra vida em Cristo Jesus?

Como essa teologia pode ser aplicada à sua vida?

Simples: O homem tem que se arrepender e crer.

Ele precisa deixar para trás seus pecados e depois sentir-se perdoado.

Não pode encobrir coisa alguma, defender-se e escusar-se.

O homem não pode tentar fazer acordos com Deus, tem que baixar a cabeça ante o descontentamento divino.

Deve reconhecer que está disposto a morrer.

Depois, espera e confia no Senhor ressuscitado, porque do Senhor vem a vida, o renascimento, a purificação e o poder.

A cruz que deu fim à vida terrena de Jesus põe fim ao pecador; e o poder que ressuscitou a Cristo dos mortos, agora ergue o pecador para sua nova vida com Cristo.

Àqueles que fazem objeção a esse fato ou acham que é um ponto de vista estreito e particular da verdade, é preciso dizer que Deus estabeleceu sua marca de aprovação dessa mensagem dos dias de Paulo até hoje.

Ditas ou não com essas mesmas palavras, este tem sido o conteúdo de todas as pregações que trouxeram vida e poder ao mundo ao longo dos séculos.

Os místicos, os reformadores e os avivalistas deram ênfase à cruz, e sinais, milagres e maravilhas de poder do Espírito Santo são testemunhas da aprovação de Deus.

Será que nós, os herdeiros desse legado de poder podemos contender com a verdade?

Será que podemos com nossos lápis (escritos) apagar a marca registrada ou alterar o modelo que nos foi mostrado no monte?

Que Deus nos proíba!

Preguemos sobre a velha cruz e conheceremos o velho poder.

Extraído de Man, the dwelling place of God (O homem, habitação de Deus), 1966.

Fonte: http://www.revivalschool.com

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

FACCIOSO E INSENSATO

FACCIOSO E INSENSATO        Textos: I Coríntios 1.1-31 INTRODUÇÃO:  A igreja em Corinto era, de todas as igrejas do Novo Testamento...