terça-feira, 28 de abril de 2009

Terra da Fofoca.

TERRA  DA  FOFOCA

O irmão já ouviu falar da Terra da Fofoca?

Não?

Pois é de admirar, porque não está muito distante.

Fica situada junto à Baía da Falsidade, onde a velha Senhora Boato tem sua residência.

A Terra da Fofoca não fica longe de quem quer ir lá: a Ociosidade o levará em menos de uma hora.

A Estrada dos Maldizentes é muito popular, e a maioria das pessoas que visitam a Terra da Fofoca, eles a preferem por ser asfaltada.

Contudo, há algum perigo, porque quase todos os visitantes, tarde ou cedo, caem na Baía da Falsidade, cujas águas são muito sujas por receberem os detritos de diversas povoações.

A estrada passa pelo túnel do ódio, sendo a rua principal chamada "Dizem", terminando numa grande praça por nome "Ouvi Dizer".

Muitas pessoas Viciadas passam ali horas esquecidas, sendo acariciadas pelas brisas da Baía da Falsidade conhecidas pelo nome de "Não Conte Nada".

No centro da cidade está o "Parque das Histórias".

É um recinto perigoso, não sendo raros os crimes de morte.

As últimas vítimas foram um homem chamado "Bom Nome" e uma senhora conhecida pelo apelido de"Reputação".

Os atacantes quase sempre se escondem na Vila da Difamação, um lugarejo onde governa certo indivíduo chamado "Orgulho Invejoso".

Este é um corcunda horripilante, mas por ter certas maneiras atrativas, consegue ganhar algumas amizades – principalmente daqueles que preferem viver na Terra da Fofoca.

A estrada "Dizem", apesar de bem freqüentada, é muito perigosa; muitas pessoas têm sido atacadas ali e deixadas ao lado muito maltratadas.

Nos esquecíamos de mencionar que esta estrada atravessa uma colina chamada"Remorso", a qual, apesar de regada com lágrimas abundantes, produz frutos muito amargos.

Ao lado encontra-se o cemitério onde estão sepultadas muitas pessoas que por descuido se aproximaram daquela terra de maldição.

Evitem, pois, a Terra da Fofoca.

CGADB - 2009 - 2013

Veja como ficou a composição da Mesa Diretora eleita neste dia 23 de abril de 2009, Pavilhão de Carapina em Serra, Grande Vitoria ES.

 

Presidente


Pastor José Wellington Bezerra da Costa, 6.719 votos;

Vices Presidentes
1º vice – Silas Malafaia (RJ), 5.843;

2º vice – Ubiratan Batista Job (RS), 6.056;

3º vice – Sebastião Rodrigues de Souza (MT), 6.212;

4º vice – Gilberto Marques de Souza (PA), 6.263;

5º vice – José Neco dos Santos (AL), 6.315;

Secretários
1º secretário – Isaías Coimbra (RJ), 6.442;

2º secretário – Arcelino Brito de Melo (SC), 6.391;

3º secretário – Antonio Dionízio da Silva (MS), 6.502;

4º secretário – Isamar Ramalho (RR), 6.373;

5º secretário – Roberto José dos Santos (PE), 6.313;


Tesoureiros
1º tesoureiro – Antônio Silva Santana (SP), 6.026;

2º tesoureiro – Josias de Almeida Silva (SP), 6.027;

Conselho Fiscal
Joel Holder (RO), 6.410;

Israel Alves Ferreira, 6.341;

Perci Fontoura, 6.338;

Rinaldo Alves dos Santos, 6.337;

João Carlos Padilha de Siqueira, 5.914 (eleitos).

 

CONSELHO ADMINISTRATIVO DA CPAD  

Casa Publicadora das Assembléias de Deus,


Sudeste:
José Wellington Costa Junior (SP)

Kemuel Sotero Pinheiro (ES)

Lourival Machado (RJ)

Sul:
Daniel Sales Acioli (PR)

Juvenil Santos Pereira (SC)

Centro-Oeste:
Orcival Xavier (DF)

Elienai Cabral (DF)

Nordeste:
Dermeval Lopes Cerqueira (BA)

Osires Teixeira Pessoa (CE)

Norte:
Lucifrancis Barbosa Tavares (AP)

Carlos Alberto (AC)

Após a eleição dos membros do Conselho Administrativo da CPAD, sua diretoria foi aclamada pela maioria, composta pelos seguintes pastores:

Presidente
José Wellington Costa Junior

Vice Presidente
1º Vice Pr Kemuel Sotero
2º Vice Pr Demerval Cerqueira

Secretário
1º secretário Orcival Xavier,
2ºsecretario Lucifrancis Barbosa

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A Parábola e a Verdade

Dizem que a Verdade andava pelo mundo, visitando os homens, sem roupas e sem adornos, tão nuas quanto seu próprio nome. 


Por isso, todos os que a viam, viravam-lhe as costas, de vergonha ou de medo e ninguém lhe dava as boas-vindas. Assim, a verdade percorria os confins da terra, rejeitada e despreza.


Numa tarde, muito desolada e triste, encontrou a Parábola que passeava alegremente, num traje belo e muito colorido.


- Verdade, porque está tão abatida? - perguntou-lhe a Parábola.


- Porque devo ser muito feia, já que os homens me evitam tanto.


- Que disparate - riu a Parábola. 


- Não é por isso que os homens a evitam. 


Tome, vista algumas das minhas roupas e veja o que acontece.


A verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola e, de repente, por toda a parte por onde passava era bem-vinda.


Moral da história? 


A verdade é que os homens não gostam de encarar a Verdade nua e crua. 


Preferem-na disfarçada!


(Conto Judaico)

domingo, 26 de abril de 2009

Maneiras de negar a Cristo!

Maneiras de negar a Cristo!


Um espírito contrário ao que Cristo manifestou é uma negação Dele, seja qual for a profissão de fé!


Podem negar a Cristo:

1) Pela maledicência.

2) Por conversas destituídas de senso.

3) Por palavras inverídicas

4) Ou descorteses.


“Podem negá-Lo


5) Esquivando-se às responsabilidades da vida.

6) Pela busca dos prazeres pecaminosos.


"Podem negá-Lo


7) Por uma conduta indelicada.

8) Pelo amor das próprias opiniões.

9) Pela justificação própria.

10) Por nutrir dúvidas.

11) Por ansiedades desnecessárias.

12) Por deixar-se estar em sombras."


= Negar a Cristo pelo desânimo ou espírito abatido.


= Desânimo é pecado.


Por todas essas maneiras declaram que não têm a Cristo.


E "qualquer que me negar diante dos homens", diz Ele, "Eu o negarei também diante de Meu Pai, que está nos Céus." S. Mat. 10:33

terça-feira, 21 de abril de 2009

QUE LINGUAGEM É ESSA?

“...dize, pois, CHIBOLETE; quando diziam SIBOLETE, não podendo exprimir bem a palavra, então pegavam e o matavam nos vaus do Jordão...” Juízes 12:1-6

“Que Língua Você Fala?!!”

Esse texto mostra a que ponto pode chegar o relacionamento das pessoas, até mesmo no meio do povo de Deus.


Ele fala de duas tribos de Israel: Gileade e Efraim.

O desentendimento chegou a tal ponto que houve guerra entre essas duas tribos irmãs.

O que leva as pessoas a resolver seus problemas voltando a espada de um contra o outro?

O texto aponta algumas causas:

FALHA NA COMUNICAÇÃO – vs. 1,2,3 – os de Efraim perguntaram: “por que não nos esperaram para irmos à batalha juntos?”

Os de Gileade responderam: “ficamos esperando e como vocês não apareceram fomos nós mesmos”.

Os de Efraim então disseram: “ah, é assim?

Vai ter guerra!”

Em suma: os de Gileade precisavam de ajuda, os de Efraim queriam ajudar, mas houve uma falha de comunicação: talvez o recado tenha atrasado, ou entendeu-se errado o dia em que sairiam a pelejar, ou outra coisa qualquer, mas isso nunca poderia ser motivo para se colocarem um contra o outro daquela forma.

Quantas vezes mensagens distorcidas causam conflito entre as pessoas!

INVEJA DA VITÓRIA DO OUTRO – vs. 1 – os de Gileade foram à batalha sozinhos e venceram.

Será que se tivessem perdido, os de Efraim estariam tão chateados por não terem ido?

Às vezes o sucesso de uma pessoa causa grande aborrecimento a outra, que não participou de determinado projeto e ficou “torcendo contra”!

A inveja tem causado muitas guerras em todas as camadas da sociedade!

PRECIPITAÇÃO – vs. 3 – mas, por outro lado, será que não dava pra os de Gileade esperarem mais um pouquinho?

O texto diz que eles preferiram sair sozinhos e arriscar perder a batalha do que esperar um pouco mais pelos irmãos.

Quantas vezes a nossa pressa em resolver as coisas tem levado a discórdias e inimizades entre pessoas.

É perigoso tomar decisões até a definição de toda uma situação!

DIFERENÇA NO MODO DE SER E DE FALAR – vs. 6 – chega a ser patético o quadro: os gileaditas tomaram as passagens do Jordão e “ninguém entra, ninguém sai”.

Quando se aproximava alguém eles perguntavam: “você é de Efraim?”

Logicamente, diziam: “não”, porque ninguém é bobo.

Então diziam: “fale Chibolete”.

Por causa do sotaque, diziam: “Sibolete” e, por isso, eram mortos.

Um simples modo de pronunciar as palavras foi o sinal para as pessoas se matarem.

Como é triste perceber que a diferença no modo de falar, de ser, de pensar ou agir tem se tornado motivo pra pessoas, famílias e até Igrejas se odiarem e até se matarem, se não literalmente, mas no coração.

Viva em paz e respeite as diferenças.

QUE DEUS TE ABENÇOE!

A Inveja....essa inveja!!

A inveja Mata

Era uma vez uma cobra que começou a perseguir um vaga-lume que só vivia para brilhar.


Ele fugia rápido com medo da feroz predadora e a cobra nem pensava em desistir.

Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada...

No terceiro dia, já sem forças o vaga-lume parou e disse à cobra:

- Posso fazer três perguntas?

- Não costumo abrir esse precedente para ninguém mas já que vou te comer mesmo, pode perguntar...

- Pertenço a sua cadeia alimentar?

- Não.

- Te fiz alguma coisa?

- Não.

- Então por que você quer me comer?

- PORQUE NÃO SUPORTO VER VOCÊ BRILHAR..

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Comunidade do Santo Evento?

Comunidade do Santo Evento!

 

(Quem é o autor?)

 

Não se trata de confusão; não foi por engano que troquei “Santo Advento” por Santo Evento.

Foi proposital.

Basta notar o que acontece a sua volta.

Basta querer ver.

Fica fácil notar como cresce o número das igrejas que poderiam perfeitamente adotar este nome.

E sempre há uma perto de você!

Óbvio que não estou falando de todas, e nem tampouco generalizando.

Mas que elas existem, existem...

Ah, se existem...

Mas alto lá! Antes que você me tenha por maluco, preciso definir algumas coisas bastante importantes:

- Estou falando de eventos mesmo, de programações, de atrações promovidas pela igreja, de encontros;

- Nada contra eles.

Eles são necessários e úteis.

São boas estratégias para fazer com que gente chegue para ouvir a mensagem que precisa ouvir.

São bons, apropriados e altamente eficazes quando usados na medida certa;

- Mas tudo contra tê-los como centro de tudo.

Tudo contra tê-los em absurdo exagero.

Tudo contra alicerçar a vida da igreja neste tipo de coisa!

Então, enfim, o que caracteriza as chamadas “igrejas do Santo Evento”?

Ora, não o evento (ou os eventos) em si, mas a grande e descabida incidência deles.

A importância que se lhes dá em detrimento a coisas mais importantes e duradouras, ainda que trabalhosas e pouco imediatas.

A aparente sensação de que a vida da igreja acontece ao redor de encontros, programações, festas do sorvete, festas da pipoca, acampamentos, acampadentros, almoços, jantares, chás, enfim, muvucas e agitação.

E a “dependência química” que se cria na seqüência deles, pois mal acaba um lá precisa vir outro.

Todo evento tem de terminar com os avisos a respeito dos próximos.

A peteca não pode cair; não se pode perder o embalo.

Outra coisa que as caracteriza?

Experimente tirar os eventos e veja a total pasmaceira que resta.

A igreja parece outra durante férias, feriadões, “entressafras”.

Enquanto há agitação, parece que a comunidade ‘transpira vida’.

Quando eles se vão, fica um gosto estranho...

Será que ‘a vida’ vai embora junto? 

Muito fácil fazer com que a moçada se reúna.

Promova um show gospel com uma banda das boas.

Promova encontros entre igrejas da região (pra que “eles” e “elas” conheçam gente nova, ora).

Ah, e no final faça um estudo bíblico curto.

Garantia de sucesso!

Ah, sei...

O seminarista quer começar a fazer discipulado com os jovens?

Uma hora por semana em torno da Bíblia, orando, semana após semana, por meses?

E ainda confronta a vida dos carinhas com as verdades bíblicas?

Ora, onde esse idealista está com a cabeça?

Quer envolver os homens da igreja?

Promova encontros de networking.

Homem adora isso – trocar cartões de visita (não sabe nem pra quê, mas vai que um dia, quem sabe), falar sobre negócios enquanto belisca uns salgadinhos.

Só não entre nos assuntos chatos.

Não fale de fidelidade, de ética nos negócios, de lisura fiscal.

Seja “diplomático”.

Leve tudo em banho-maria.

O pessoal da sua igreja gosta da tradição?

Convide corais para cantar.

Ah, é o contrário?

Convide bandas, grupos, pastores para falar.

Não deixe a peteca cair.

Igrejas assim dependem mesmo da peteca no ar.

Porque elas só vivem de olhar para a peteca, para o evento.

Ai, ai, ai se a peteca cair...

Mas um dia a peteca cai.

E não é só a da igreja que cai, mas a peteca das pessoas também cai, e sempre – a qualquer momento - há alguém com a sua caída.

Nessas horas, o que fazer?

Marcar mais eventos?

Nessas horas quanto vale o evento, a agitação, a muvuca?

Nada!

 Pessoa volta e meia se entristecem, se deprimem, perdem emprego, brigam em casa, ficam sem dinheiro, ficam doentes.

Não só, mas também nessas horas precisam de pastoreio, de ensino, de transformação de vidas.

E quanto mais disso houver na igreja, mais forte ela é para enfrentar crises, dificuldades, pauladas.

Igreja são fortes na medida em que as pessoas que as formam são fortes em sua vida cristã.

E como ter uma igreja forte?

Priorizando o que realmente importa: fazer discípulos ensiná-los a guardar todas as coisas que Jesus nos ensinou a guardar, enquanto usufruímos da presença do Espírito de Deus em nós, que prometeu estar e está conosco até o fim do “projeto-igreja”.

Enfim, priorizar as coisas demoradas, as coisas nada imediatas.

Enfim, ser missão, ser igreja.

Priorizar discipulados transformadores.

 Passar longe da definição de “agência promotora de eventos”.

A vida de uma igreja saudável se faz notar principalmente na hora das crises.

Basta ver como as pessoas as enfrentam.

 Igreja onde há vida daquele tipo, abundante, é estável, firme, consciente.

Seu ânimo não entra em férias, pois se baseia no dia a dia com Cristo, não numa efêmera “peteca”  lançada ao ar por esforço humano.

A igreja de verdade é.

A igreja do evento foi ou será, pois sempre depende de ‘como foi’ o último e ‘como será’ o próximo evento.

Não transforme sua igreja numa agência promotora de eventos.

A vítima pode ser você, ou sua esposa, seu filho, sua filha, seu amigo, seu irmão...

sábado, 11 de abril de 2009

Desabafo de umTéologo....

Desabafo de um teólogo

SOBRE LEVITAS, APÓSTOLOS E OUTROS MODISMOS: DESABAFO DE UM PROFESSOR DE TEOLOGIA

Carlos Eduardo Calvani

Sou um professor de Teologia em crise.

Não com minha fé ou com minhas convicções, mas com a dificuldade que eu e outros colegas enfrentamos nos últimos anos diante dos novos seminaristas enviados para as faculdades de teologia evangélica.

Tenho trabalhado como Professor em Seminários Evangélicos presbiterianos, batistas, da Assembléia de Deus e interdenominacionais desde 1991 e, tristemente, observa que nunca houve safras tão fracas de vocacionados como nos últimos três anos.

No início de meu ministério docente, recordo-me que os alunos chegavam aos seminários bastante preparados biblicamente, com uma visão teológica razoavelmente ampla, com conhecimentos mínimos de história do cristianismo e com uma sede intelectual muito grande por penetrar no fascinante mundo da teologia cristã.

Ultimamente, porém, aqueles que se matriculam em Seminários refletem a pobreza e mediocridade teológica que tomaram conta de nossas igrejas evangélicas.

Sempre pergunto aos calouros a respeito de suas convicções em relação ao chamado e à vocação.

Pois outro dia, um calouro saiu-se com a brilhante resposta: "não passei em nenhum vestibular e comecei a sentir que Deus impedira meu acesso à universidade a fim de que eu me dedicasse ao ministério".

Trata-se do mais típico caso de "certeza da vocação" adquirida na ignorância.

E, invariavelmente, esses são os alunos que mais transpiram preguiça intelectual.

A grande maioria dos novos vocacionados chega aos Seminários influenciados pelos modismos que grassam no mundo evangélico.

Alguns se autodenominam "levitas". Outros, dizem que estão ali porque são vocacionados a serem "apóstolos". 

Ultimamente qualquer pessoa que canta ou toca algum instrumento na igreja, se autodenomina "levita".

Tento fazê-los compreender que os levitas, na antiga aliança, não apenas cantavam e tocavam instrumentos no Templo, como também cuidavam da higiene e limpeza do altar dos sacrifícios (afinal, muito sangue era derramado várias vezes por dia), além de constituírem até mesmo uma espécie de "força policial" para manter a ordem nas celebrações.

Porém, hoje em dia, para os "novos levitas" basta saber tocar três acordes e fazer algumas coreografias aeróbicas durante o louvor para se sentirem com autoridade até mesmo para mudar a ordem dos cultos.

Outros há, que se auto-intitulam "apóstolos".

Dentro de alguns dias teremos também "anjos", "arcanjos", "querubins" e "serafins".

No dia em que inventarem o ministério de "semi-deus" já não precisaremos mais sequer da Bíblia.

Nunca pensei que fosse escrever isso, pois as pessoas que me conhecem geralmente me chamam de "progressista".

Entretanto, ultimamente, ando é muito conservador.

Na verdade, "saudosista" ou "nostálgico" seriam expressões melhores.

Tenho saudades de um tempo em que havia um encadeamento lógico nos cultos evangélicos, em que os cânticos e hinos estavam distribuídos equilibradamente na ordem do culto.

Atualmente os chamados "momentos de louvor" mais se assemelham a shows ensurdecedores ou de um sentimentalismo meloso. 

Pior: sobrepujam em tempo e importância a centralidade da Palavra e da Ceia nas Igrejas Protestantes.

Muitas pessoas vão à Igreja muito mais por causa do "louvor" do que para ouvir a Palavra que regenera, orienta e exige de nós obediência.

Dias atrás, na semana da Páscoa comentei com um grupo de alunos a respeito da liturgia das "sete palavras da cruz" que seria celebrada em minha Igreja na 6a feira da paixão.

Alguns manifestaram desejo de participar.

Eu os avisei então que se tratava de uma liturgia que dura, em média, uma hora e meia, durante a qual não é cantado nenhum hino (pelo menos na tradição de minha Igreja - Anglicana), mas onde lemos as Escrituras, oramos e meditamos nas sete palavras pronunciadas por Cristo durante a crucificação.

Ao saberem disso, um deles disse: "se não houver música, não há culto".

Creio que, em parte, isso é reflexo da cultura pop, da influência da "Geração MTV", incapaz de perceber que Deus pode ser encontrado também na contemplação, meditação e no silêncio.

Percebo também que alguns colegas pastores de outras igrejas freqüentemente manifestam a sensação de sentirem-se tolhidos e pressionados pelos diversos grupos de louvor.

 O mercado gospel cresceu muito em nosso país e, além de enriquecer os "artistas" e insuflar seus egos, passou a determinar até mesmo a "identidade" das igrejas evangélicas.

Houve tempo em que um presbiteriano ou um batista sabiam dar razão de suas crenças. 

Atualmente, tudo parece estar se diluindo numa massa disforme.

Trata-se da "xuxização" ("todo mundo batendo palma agora... todo mundo tá feliz ? tá feliz!") do mundo evangélico, liderada pelos "levitas" que aprisionam ideologicamente os ministros da Palavra.

O apóstolo Paulo dizia que a Palavra não está aprisionada.

Mas, em nossos dias, os ministros da Palavra, estão - cativos da cultura gospel.

Tenho a impressão de que isso tudo é, em parte, reflexo de um antigo problema: o relacionamento do mundo evangélico com a cultura chamada "secular".

Amedrontados com as muitas opções que o "mundo" oferece, os pais preferem ter os filhos constantemente sob a mira dos olhos aos domingos, ainda que isso implique em modificar a identidade das Igrejas.

E os pastores, reféns que são dos dízimos de onde retiram seus salários, rendem-se às conveniências, no estilo dos sacerdotes do Antigo Testamento.

Um aluno disse-me que, no dia em que os evangélicos tomarem o poder no Brasil acabarão com o carnaval, as "folias de rei", os cinemas, bares, danceterias etc.

Assusta-me o fato de que o desenvolvimento dessa sub-cultura "gospel" torne o mundo evangélico tão guetizado que, se um dia, realmente os evangélicos tomarem o poder na sociedade, venham a desenvolver uma espécie de "Talibã evangélico".

Tal como as estátuas do Buda no Afeganistão, o "Cristo Redentor" estará com os dias contados. 

Esses jovens que passam o dia ouvindo rádios gospel e lendo textos de duvidosa qualidade teológica, de repente vem nos Seminários uma grande oportunidade de ascensão profissional e buscam em massa os seminários.

Nunca houve tanta afluência de jovens nos seminários como nos últimos anos.

Em um seminário em que trabalhei (de outra denominação), os colegas diziam que a Igreja, em breve teria problemas, pois o crescimento da Igreja não era proporcional ao número de jovens que todos os anos saíam dos Seminários como bacharéis em teologia, aptos para o exercício do ministério.

A preocupação dos colegas era: onde colocar todos esses novos pastores?

Na minha ingenuidade, sugeri que seria uma grande oportunidade missionária: enviá-los para iniciarem novas comunidades em zonas rurais e na periferia das cidades.

Foi então que um colega, bastante sábio, retrucou: "Eles não querem. Recusam-se! Querem as Igrejas grandes, já formadas e estabelecidas, sem problemas financeiros".

De fato, percebi que alguns realmente se mostravam decepcionados ao saberem que teriam que começar seu ministério em um lugar pequeno, numa comunidade pobre, fazendo cultos nos lares, cantando às vezes "à capella" e sem o apoio dos amplificadores e mesas-de-som.

Na maioria dos Seminários hoje, os alunos sabem o nome de todas as bandas gospel, mas não sabem quem foi Wesley, Arminio, Lutero ou Calvino

Talvez até já tenham ouvido falar desses nomes, mas são para eles, como que personagens de um passado sem-importância e sobre o qual não vale à pena ler ou estudar.

Talvez por isso eu e outros colegas professores nos sintamos hoje em dia como que "falando para as paredes".

Nem dá gosto mais preparar uma aula decente, pois na maioria das vezes temos sempre que "voltar aos rudimentos da fé" e dar aos vocacionados o leite que não recebem nas Igrejas.

Várias vezes me vi tendo que mudar o rumo das aulas preparadas para falar de assuntos que antes discutíamos nas Escolas Dominicais.

Não sei se isso acontece em todos os Seminários, mas em muitos lugares, o conteúdo e a profundidade dos temas discutidos pouco difere das aulas que ministrávamos na Escola Dominical para neófitos.

Sei que muitos que lerem esse desabafo, não concordarão em nada com o que eu disse.

Mas não é a esses que me dirijo, e sim aos saudosistas como eu, nostálgicos de um tempo em que o cristianismo evangélico no Brasil era realmente referencial de uma religiosidade saudável, equilibrada e madura e em que a Palavra lida e proclamada valia muito mais que o último CD da moda.

De Londrina e Coordenador do Centro de Estudos Anglicanos (CEA).

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Pois é que....

O Fato é que:

VIDA É CURTA

 “Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece.” (Tg 4:14 ACF)

MORTE É CERTA

“E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,” (Hb 9:27 ACF)
“E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” (Ap 20:15 ACF)

A CAUSA É O PECADO

 “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” (Rm 5:12 ACF)

CRISTO É A CURA

“A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” (Rm 10:9 ACF)

“Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.” (Rm 10:10 ACF)

“Porque todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo.” (Rm 10:13 ACF)

FACCIOSO E INSENSATO

FACCIOSO E INSENSATO        Textos: I Coríntios 1.1-31 INTRODUÇÃO:  A igreja em Corinto era, de todas as igrejas do Novo Testamento...