terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Ministro da Palavra: Santo e Douto

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A Bíblia revela que há um conselho de líderes que são responsáveis pelo governo e o bom andamento espiritual do rebanho de Deus. 

Esse conselho é chamado de presbíteros, sempre no plural e com algumas características essenciais para a função (1Tm 5.17; Tt 1.7; 1 Pe 5.1-2; 1Tm 3.2; 2Tm 4.2; Tt 1.9; At 20.17, 28-31; Tg 5.14; At 15.16).

Dentre esses presbíteros há alguns que são chamados para se afadigarem na Palavra, seguindo mais de perto a decisão dos apóstolos e sucedendo o ministério apostólico como Ministros da Palavra (At 6.4; 1Tm 5.17). 

Normalmente esses presbíteros que ministram e ensinam são chamados de pastores, isso se deve ao fato de Efésios atribuir à docência aos pastores (Ef 4.11).

Por essas razões, o Pastor é mestre e um verdadeiro Ministro. Tem como sua principal função pregar e ensinar, tanto pela sã doutrina, como pelo exemplo de vida – na espiritualidade e piedade. 

Pensando nessas questões de piedade e docência é que lanço mão de dois deveres do Ministro: Ser irrepreensível e apto a ensinar (Tt 1.6; 1Tm 3.2). 

Por isso, o Ministro da Palavra (Pastor) precisa ser um homem santo[1] e douto[2] (culto), pois sem santidade não agrada a Deus e nem verá sua presença (Hb 12.14) e sem a Palavra conduzirá o povo a destruição e miséria espiritual (Pv 29.18; Os 4.6).

A História demonstra que o esforço para nomear ministros menos capacitados e com mais habilidade política e “prática” causou igrejas mais mundanizadas, secularizadas e acostumadas com modismos. 

A ênfase na prática em detrimento do conhecimento profundo tem produzido doutrinas controvertidas, heréticas e até práticas seitarias nos cultos públicos. 

Também vê-se que o predomínio de ministros leigos em algumas denominações promovem divisões sem fim e é a bandeira do movimento neopentecostal, com suas esquisitices.

A crise atual da Igreja no contexto religioso brasileiro é acima de tudo teológica/doutrinária, por isso, o que precisamos na verdade é de ministros do evangelho mais santos e doutos. 

Homens piedosos, que servem de joelhos com os olhos ao alto e ao mesmo tempo são conhecedores profundos das ciências bíblicas e gerais, verdadeiros teólogos; exercendo seu conhecimento na pregação das Escrituras, na visitação do rebanho, no auxílio aos necessitados e na defesa do evangelho que foi entregue aos santos.

Um Ministro não santo governa a igreja com libertinagem e escandaliza o evangelho do Senhor. 

Não se submete a ninguém e muito menos a disciplina, seu poder e domínio é absoluto e sua administração é déspota. 

Não segue a Escritura e se apega ao alegorismo e múltiplas interpretações para justificar seus demandos e libertinagem. 

É visível homens assim na atualidade, assim como era na Igreja Medieval. 

Um Ministro não douto (alguns se orgulham da prática) leva a igreja para inovações, sem reflexão e nem razão de ser. 

A quantidade de ministros aderindo ao neopentecostalismo ou ao movimento de crescimento de igreja é enorme; hoje é comum encontrar em igrejas e até mesmo de minha denominação práticas católicas, superstições, estruturas secularizadas, mensagens de auto-ajuda, interpretações relativizadas da Bíblia, entre outras coisas.

Quero dedicar algumas linhas para expor dois movimentos (modismos) que vem crescendo no Brasil e já entrou sorrateiramente em muitas igrejas históricas. 

O primeiro é profano e blasfemo, o chamado “Caminho da Graça”. 

Seu principal tema é a graça; fundado por um lunático que desdém das Escrituras e da Igreja de Cristo. 

Esse movimento é moralmente orientado pela inclusão e tolerância pós-modernas, rejeitam os ensinos da Bíblia sobre a Igreja e as doutrinas e super valorizam a informalidade (ex: o culto para eles é reunião de amigos ao redor da mesa, a pregação é conversa sobre qualquer coisa). 
Não vou gastar mais tempo com esse grupo, basta acessar sites e youtube para conhecê-los, é público.

Outro movimento é o chamado MDA (movimento de discipulado apostólico). 

No link a seguir você pode conferir a história e perceber que começou com novas visões do Espírito e não pela Bíblia, também há uma forte ênfase pragmática (a igreja tem que crescer) - https://www.youtube.com/watch?v=zVSv3wJ7DME

Os princípios de discipulado são bíblicos e acredito que devem ser considerados, os problemas estão nas práticas. 

Eu mesmo participei de uma conferência em São Paulo e me lembro bem das ênfases em restauração de todos os dons, curas, crescimento numérico, pregação temática e desejo de ser como a igreja primitiva.

Tenho em mãos um documento de uma igreja ligada ao MDA, onde diz que seus discipulandos devem “submissão total”. 

O ponto onde descrevem essa submissão é posterior a explicação do MDA, onde se afirma que o discipulado se desenvolve com o conceito de paternidade e na questão da submissão, o discipulando deve se submeter ao discipulador da mesma forma como a seus pais. 

Me lembro recentemente de visitar uma igreja ligada a esse movimento e um pastor auxiliar chamava o pastor presidente de “meu pai”.

Outra questão é que no ponto quatro do material dizem que o discipulando precisa “pensar igual ao discipulador”. 

É uma corrente de manipulação e subtraem a liberdade de consciência do indivíduo, fazendo acreditar que o movimento é de Deus e o único capaz de retornar a igreja nos moldes primitivos.

Recentemente conversei com um importante pastor batista que entrou e saiu deste movimento, ele me relatou: “Glauco, nós saímos porque percebi que nossas práticas mudaram muito e todas as igrejas de minha região que aderiram ao movimento se tornaram neopentecostais”. 

Se não bastasse, no mesmo documento citado acima, no ponto 5, pede-se ao discípulo “lealdade plena”. 

Conforme testemunhas que participaram do movimento “quem discordar das práticas desses grupos é considerado rebelde por seus líderes”.

Para esses movimentos de crescimento de igreja não há liberdade e a tradição deve ser rejeitada e colocada de lado. 

Concluo esse ponto com a fala de um pastor no culto público sobre sua tradição e denominação: “Eu quero que a convenção b... vá as favas, não quero nem saber, nossa igreja será como a igreja primitiva”. Um pastor me testemunhou que ouviu do mesmo líder: “Faço qualquer negócio para minha igreja crescer”. 

Lembro-me bem da febre “Igreja com Propósitos”, depois “Vineyard”, Willow Creek”, “MDA”, “Igreja Emergente” e qual será o próximo?

O Ministro santo e douto é importante porque todas as práticas estranhas ao Evangelho de Cristo ou são introduzidas pelo Ministro ou autorizadas por ele. 

Sendo assim, um Ministro não douto produz leigos ignorantes ao Evangelho, suscetíveis ao erro e uma igreja distante da vontade de Deus e sensível a todo vento de doutrinas e inovações sem fim. 

Meu apelo é que a Igreja Cristã Protestante invista e motive seus obreiros ordenados e leigos a uma vida piedosa e estudiosa das Escrituras e da teologia bíblica, sistemática e prática. 

O verdadeiro Ministro da Palavra busca a santidade e simplicidade, assim como busca ser um teólogo para o pastoreio, evangelização mundial e qualidade da sua igreja local.

Que o Deus da nossa vocação nos ajude para sua própria glória!

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Notas:
[1] Santo: Alguém separado para uma vida de piedade e de acordo com a vontade de Deus, separado do mundo.
[2] Douto: Alguém muito instruído, sábio, inteligente, estudioso e doutrinado
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Autor: Pr. Glauco Pereira
Fonte: Pastor Reformado

sábado, 21 de janeiro de 2017



Honestidade Confessional ou não?

Eu creio que ser honesto e agir conforme pregamos, é viver e agir de acordo com o credo denominacional que professamos!
Muitos querem usufruir da história e nome das Assembleias de Deus!
O exemplo que dou é sobre a quantidade enorme de "pastores" e afins, usando o Logo e nome Assembleia de Deus em suas placas!
Com práticas e atividades que não são próprias das Assembleias de Deus!
Porém o pior de todos, são os praticados por aqueles que teimam em permanecer em nosso meio e desobedecendo frontalmente aos princípios, paradigmas e marcos antigos, etc...
Vejamos o artigo a seguir:
"Honestidade confessional e denominacional
Honestidade é de suma importância tanto em teologia quanto em transações comerciais, tanto em uma denominação religiosa quanto num partido político.
Honestidade denominacional consiste, em primeiro lugar, de uma clara declaração pela Igreja de suas crenças doutrinárias; e , em segundo lugar, de uma inequívoca e sincera adoção pelos seus membros.
Ambos são requisitos.
Se uma denominação em particular faz declarações soltas de suas crenças que são passíveis de mais de um sentido, o credo é bem desonesto.
Se o credo de uma denominação é bem elaborado e claro, mas a membresia subscreve a ele com reservas mentais e insinceridade, a denominação é desonesta.
Honestidade e sinceridade são encontradas na convicção clara, e convicção clara é encontrada no conhecimento e reconhecimento da verdade.
Heresia é um pecado, e é classificado por Paulo entre 'as obras da carne', junto com 'adultério, idolatria, assassinato, inveja e ódio' que excluem do reino de Deus (Gal. 5.19-21).
Mas a heresia não é tão grande pecado quanto a desonestidade.
Um herege que se reconhece como tal é um homem melhor do que aquele que pretende ser ortodoxo ao subscrever a um credo que antipatiza, o qual enfraquece no pretexto de adaptá-lo aos novos tempos.
O herege honesto deixa a Igreja com a qual não mais concorda; mas o subscritor permanece dentro dela de modo a seguir adiante o seu plano de desmoralização.
***
Autor: William G.T. Shedd
Tradução: Emerson Costa
Via: Estudantes de Teologia"
(Aviso: Tenho visão de reino, e em momento nenhum concebo a idéia sectarista, que salvação é somente nos arraiais assembleianos,)

domingo, 8 de janeiro de 2017

Parabéns meu amigo Pastor Paulo Leocadio!


                                   
Pastor Paulo Luiz Leocádio presidiu por muitos anos uma das maiores
                                                                  Igrejas do Estado, a AD em Montes Claros (MG).
                                                                                       Foto: Tiago Bertulino



Por Ev. Tiago Bertulino

Das 9h as 17h deste primeiro sábado do ano, 07 de janeiro de 2017, os pastores, evangelistas e presbíteros membros da Convenção das Assembleias de Deus no Estado de Minas Gerais, estiveram reunidos no templo-central da AD em Belo Horizonte (MG) para elegerem a nova diretoria da COMADEMG.

Esta que é a primeira Convenção do estado Mineiro, foi presidida pelo saudoso pastor Anselmo Silvestre de 1959 até o seu falecimento em 30 de setembro de 2012, quando assumiu o então primeiro vice-presidente, pastor José Vieira Izidório, que ficou no comando da instituição até esta eleição. Após cerca de sete horas de apuração, as urnas afirmaram o desejo da maioria absoluta dos mais de 1,2 mil líderes que participaram do pleito; Com 671 votos, o pastor Paulo Luiz Leocádio, presidente de Honra da AD em Montes Claros (MG), foi eleito presidente e conduzirá os destinos da COMADEMG até janeiro de 2021.

Dos muitos pastores ligados à referida convenção, somente os pastores José Izidório e Paulo Leocádio dispuseram seus nomes para concorrer a cadeira de presidente; o pastor Izidório contou com o apoio do pastor Samuel Câmara à sua campanha; já Leocádio, em setembro de 2016 esteve em São Paulo e recebeu o apoio do presidente da CGADB, pastor José Wellington Bezerra da Costa, bem como do pastor Wellington Junior, à quem declarou apoio à presidência da CGADB na eleição de 09 de abril de 2017.

Dos 13 membros da diretoria que finda seu mandato nesta AGO, 07 permanecem na nova diretoria, porém em funções diferentes devido a região e o número de votos obtidos pelo candidato.

Conheça a nova Mesa Diretora da COMADEMG, quadriênio 2017-2021:

PRESIDENTE: Pr. Paulo Luiz Leocádio (Montes Claros - MG)

1º VICE-PRESIDENTE: Pr. Simoni Helio de Moraes (Belo Horizonte - MG)
2º VICE-PRESIDENTE: Pr. Valdevino Eugênio (Teófilo Otoni - MG)
3º VICE-PRESIDENTE: Pr. Ivo Pereira (Salinas - MG)
4º VICE-PRESIDENTE: Pr. Adailton Cosmo de Araújo (Sete Lagoas - MG)
5º VICE-PRESIDENTE: Pr. Orlando Dias de Souza (Lavras - MG)

1º SECRETÁRIO: Pr. Wherks Lacerda (Betim - MG)
2º SECRETÁRIO: Pr. Luiz Ricardo Carvalho de Vasconcelos Batista (Lavras - MG)
3º SECRETÁRIO: Pr. Jorcelino Gurgel dos Santos (Espera Feliz - MG)
4º SECRETÁRIO: Pr. Washington Prata (Francisco Sá - MG)
5º SECRETÁRIO: Pr. Antonio José do Patrocínio (Formiga - MG)

1º TESOUREIRO: Pr. José Reginaldo Simão (Vespasiano - MG)
2° TESOUREIRO: Pr. Eliseu Fernandes (Pedro Leopoldo - MG)

A reunião de posse dos eleitos se dará as 19h de segunda-feira, 09 de janeiro, no mesmo local da eleição, no templo-central da Assembleia de Deus de Belo Horizonte, presidida pelo pastor Simoni Helio de Moraes.

FACCIOSO E INSENSATO

FACCIOSO E INSENSATO        Textos: I Coríntios 1.1-31 INTRODUÇÃO:  A igreja em Corinto era, de todas as igrejas do Novo Testamento...