sexta-feira, 24 de julho de 2015

Sete Certezas Sobre o Arrebatamento

Sete Certezas Sobre o Arrebatamento

Norbert Lieth
"Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.13-18).

Primeira certeza: os mortos não estão mortos

"Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem" (v.14). 
Esta certeza consiste em três partes:

a) No Novo Testamento, a ressurreição se refere principalmente ao corpo

O "dormir" dos crentes ou a expressão "os que dormem" dizem respeito aos corpos dos cristãos (At 13.36-37; Rm 8.10-11,23; 1 Co 15.35-46). 
A Bíblia não ensina o "sono" da alma! 
Por exemplo, o homem rico e Lázaro, depois que morreram, estavam respectivamente no reino dos mortos (hades) e no paraíso, mas absolutamente conscientes (Lc 16.19-31).
O corpo, que deixamos por ocasião da morte, "dorme"; mas o espírito do crente – sua personalidade, seu ser, sua consciência – encontra-se com Cristo a partir do momento da morte. O apóstolo Paulo estava totalmente convicto dessa realidade, motivo porque escreveu: "...tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor" (Fp 1.23).
Quando os saduceus discutiram com Jesus acerca da ressurreição dos mortos, Ele lhes disse: "E, quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou (Êx 3.6): Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos" (Mt 22.31-32).
O Senhor Jesus Cristo diz: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente..." (Jo 11.25-26).Em João 8.51 Ele também acentua: "...se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente." Se bem que o corpo adormece, o espírito daquele que crê em Jesus continua vivendo.
Em 2 Coríntios 5.8 está escrito que "deixar o corpo" significa ao mesmo tempo "habitar com o Senhor". Em outras palavras: assim que deixamos o corpo estamos com Cristo.
Romanos 8.10 se refere a uma verdade espiritual que já aconteceu, mas por outro lado essa verdade também se aplica ao futuro após a morte: "Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça."
Em 1 Tessalonicenses 4.16 lemos acerca dos "mortos em Cristo". Uma vez que Jesus ressuscitou e vive, também vivem todos os que dormiram nEle. Espiritualmente eles estão em Cristo e vivem com Cristo ("Pois a nossa pátria está nos céus" – (Fp 3.20), fisicamente eles serão ressuscitados.

b) A esperança de estar com Cristo

Mas a realidade é ainda mais maravilhosa, e isso também faz parte da certeza da salvação e do arrebatamento. Como cristãos, não dizemos por acaso: "O Senhor levou tal irmão ou tal irmã". Realmente é verdade que um cristão é buscado por Jesus, enquanto um não-crente é levado pela morte. A Igreja de Jesus não verá a morte: "Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança" (1 Ts 4.13). Os outros estão fora (v.12), não estão em Cristo!
O versículo 14 trata dos que dormem em Jesus: "Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem." Isso fica mais claro na Edição Revista e Corrigida: "Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele". Os cristãos que morreram foram postos para dormir por Jesus, assim como uma mãe ou um pai põem seus filhos para dormir à noite. Isso significa na prática: quando um crente morre, ele é buscado por Jesus, e assim não verá a morte. Estou convicto de que o Senhor está presente na morte de cada um de Seus filhos, para levá-los para junto de Si.

c) A garantia de que os mortos virão com Cristo

A promessa de que Deus, "mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem" é uma afirmação revolucionária. É importante observar que não está escrito: "trará para Ele", mas "trará, em sua companhia", ou seja, "trará com Ele". O próprio Senhor comunica ao apóstolo – e assim a toda a Igreja – que os mortos em Cristo não serão prejudicados de modo algum, mas que até terão a primazia.
Quando voltar, Jesus trará consigo os que morreram nEle, pois eles já estão com Ele (1 Ts 4.14-15), e ressuscitará seus corpos mortos em primeiro lugar (v.16). Somente depois disso acontecerá a transformação dos crentes ainda vivos, e então eles serão arrebatados juntos ao encontro do Senhor (v.17).
Examinemos o versículo 14 em duas outras versões:
"Visto que nós cremos que Jesus morreu e depois voltou à vida, podemos também crer que, quando Jesus voltar, Deus trará de volta com Ele todos os cristãos que já morreram" (A Bíblia Viva).
"Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele" (Edição Revista e Corrigida).
Portanto, isso significa simplesmente que os trazidos com Jesus em Sua vinda são os espíritos sem corpo dos que morreram em Cristo. Primeiro, seus corpos serão ressuscitados e juntados aos espíritos. Depois os crentes vivos serão transformados e toda a Igreja será levada para o céu com Jesus.
O fundamento dessa esperança de ressurreição foi criado exclusivamente por Jesus através da Sua morte e ressurreição. Disso consiste a força e o poder da ressurreição. Agora, o que importa é se cremos na Sua morte e ressurreição (v.14). Certa vez Jesus perguntou aos Seus discípulos: "Quem dizeis (ou Credes) que eu sou?" (Mt 16.15). Então Pedro deu a única resposta certa: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (v.16). Na sua opinião, quem é Jesus?

Segunda certeza: o Senhor voltará pessoalmente

"Porquanto o Senhor mesmo... descerá dos céus..."(1 Ts 4.16). A ressurreição/o arrebatamento será o momento em que o Senhor Jesus deixará Seu trono no céu e virá pessoalmente ao encontro da Sua Igreja a fim de levá-la para a casa do Pai. Assim como um noivo vai ao encontro da sua noiva, o Salvador virá ao encontro dos que comprou pelo Seu sangue e os conduzirá para Sua glória.
O Senhor não enviará um anjo ou qualquer outro emissário para fazer isso, Ele virá pessoalmente. Então se cumprirá literalmente a promessa de João 14.3: "E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também." Assim como Ele em pessoa nos salvou e morreu na cruz por nós, assim como Ele mesmo foi preparar-nos lugar – Ele voltará pessoalmente para buscar-nos para Si, para que estejamos onde Ele está. Em inúmeras passagens do Novo Testamento somos conclamados a esperar a volta de Jesus a qualquer momento (por exemplo, em 1 Co 11.26; 1 Ts 1.10; Hb 10.37).

Terceira certeza: a palavra de ordem

"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Ts 4.16). A Edição Revista e Corrigida diz: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro". Segundo meu entendimento, o próprio Senhor dará esta palavra de ordem, pois Ele é o Soberano a quem todos os exércitos celestiais obedecem. Isso é indicado nas seguintes passagens:
"Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que todos os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão" (Jo 5.25). Jesus, o Bom Pastor, também disse: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão" (Jo 10.27-28). Você já é uma ovelha do rebanho de Jesus? A resposta a essa pergunta tem importância decisiva em relação à eternidade. Você já tem um relacionamento pessoal com Jesus, por tê-lO recebido em sua vida (Jo 1.12)? Você pode dizer com certeza que é um filho de Deus? Se não o pode, pedimos que você dê esse passo decisivo ainda hoje!
• Quando o Senhor Jesus ressuscitou a Lázaro, lemos que Ele clamou dando uma ordem:"...(Jesus) clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora!" (Jo 11.43). Devemos imaginar o seguinte: no decorrer dos tempos, milhões de pessoas crentes no Senhor Jesus dormiram, ou seja, faleceram. Aí chega a hora do arrebatamento. O Senhor se levanta do Seu trono e clama: "Vem para fora!" Então as sepulturas se abrirão, e nenhum dos que foram comprados pelo Seu sangue ficará para trás. Não importa se seus corpos foram queimados, se morreram contaminados por radiação nuclear ou se estão nas profundezas dos mares – Ele é o Criador, Ele os ressuscitará e os conduzirá ao encontro de seus espíritos/almas.
• No Salmo 33.9 está escrito acerca dEle, o Filho do Altíssimo: "Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir" (compare também Is 55.4).
Essa "palavra de ordem" do Senhor vem da linguagem militar. Ela é semelhante à voz de comando de um general que chama suas tropas para o combate. Por ocasião do arrebatamento, o General celestial dará ordem às tropas que lutam por Ele, que deveriam estar revestidas de toda a armadura espiritual (Ef 6.11ss), para que deixem o campo de batalha sobre a terra e venham com Ele para a Sua glória.

Quarta certeza: a voz do arcanjo

"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Ts 4.16). A designação "arcanjo" se aplica a apenas um anjo na Bíblia, isto é, a Miguel: "Contudo, o arcanjo Miguel..." (Jd 9). Miguel significa "Quem é como Deus?" Este anjo é um dos mais importantes em hierarquia (Dn 10.13).
No tempo de Daniel, Miguel lutou contra um príncipe dos demônios no mundo celestial e veio ajudar Gabriel, para que este pudesse confirmar a Daniel que suas orações haviam sido atendidas (Dn 10.12-14 e 21). Anteriormente este arcanjo também lutou com Satanás pelo corpo de Moisés: "Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o Diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo difamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda!" (Jd 9). No final, Miguel e seus exércitos de anjos lutarão contra os exércitos de demônios de Satanás, os vencerão e lançarão sobre a terra para que não tenham mais acesso ao céu (Ap 12.7-9).
Por que se ouvirá a voz do arcanjo Miguel no momento do arrebatamento? Por que e para que ele levantará a sua voz – após a palavra de ordem do Senhor para o arrebatamento? A chave ou a resposta para isso está nas significativas palavras do arcanjo Gabriel ao judeu Daniel: "Mas eu te declararei o que está expresso na escritura da verdade; e ninguém há que esteja ao meu lado contra aqueles, a não ser Miguel, vosso príncipe" (Dn 10.21). Este arcanjo intervém de modo especial em favor do povo de Israel: "Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo..." (Dn 12.1).
Devemos lembrar que no momento em que o Senhor Jesus Cristo der a ordem para a ressurreição e para o arrebatamento da Sua Igreja, a dispensação da graça terminará. Então o "corpo de Cristo" estará completo, então o Pentecoste em sentido inverso (a retirada do Espírito Santo) acontecerá e a Igreja será levada para o céu.
Depois disso será restabelecida novamente uma espécie de "situação do Antigo Testamento" – a conexão entre a 69ª e a 70ª semana de anos de Daniel. Lembremo-nos apenas do quinto selo e daqueles na Grande Tribulação "...que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?" (Ap 6.9-10). Conforme meu entendimento, estes não pertencem à Igreja, pois verdadeiros discípulos de Jesus não pedem vingança. Pelo contrário. Ao morrer apedrejado pelos fariseus e escribas, Estevão clamou: ‘Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz:Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu" (At 7.59-60).Quanto às condições típicas do Antigo Testamento durante a Grande Tribulação, lembremos também das duas testemunhas, que farão milagres, ferirão a terra com toda sorte de flagelos e farão sair fogo das suas bocas para devorar os inimigos (Ap 11.3-6; compare também Lc 9.54-55).
A Igreja de Jesus era um mistério, ela foi inserida por Deus entre a 69ª e a 70ª semana de anos de Daniel. Depois que ela for arrebatada, começará a 70ª semana de anos (ligada à 69ª semana) de Daniel 9. Enquanto a Igreja estiver na casa do Pai celestial, o mundo e Israel entrarão na Grande Tribulação. Assim, o povo judeu passará outra vez inteiramente para o centro da ação de Deus. Por isso o príncipe angélico de Israel entrará novamente em ação (como no caso de Daniel), e levantará a sua voz. Para quê? Em favor do povo de Israel: "Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro" (Dn 12.1). "Naquele tempo" significa: quando a Igreja tiver sido arrebatada, o anticristo tiver aparecido e a Grande Tribulação tiver começado, o arcanjo Miguel intervirá em favor do povo de Israel, pois então começará a salvação do remanescente de Israel: "Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno. Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente. Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará... Muitos serão purificados, embranquecidos e provados; mas os perversos procederão perversamente, e nenhum deles entenderá, mas os sábios entenderão" (Dn 12.2-4 e 10). A voz do arcanjo em geral também é entendida como uma chamada coletiva de reunião e recolhimento dos santos do Antigo Testamento.
Atualmente muitos israelitas já chegaram ao conhecimento mais elevado que existe: eles creram em Jesus Cristo, o seu Messias! E o próprio Senhor acrescenta sempre mais judeus à Sua Igreja, como se conclui pelo seguinte relato:
(...) Cinco pessoas foram batizadas em outubro. Shalom e Ora, um jovem casal israelense, e duas filhas converteram-se através de sua vizinha, que freqüenta regularmente a igreja. "É algo especial", escreve John Pex, "quando jovens judeus reconhecem o seu Messias – principalmente quando um casal se converte e é batizado".
(...) A loja da Sociedade Bíblica em Tel Aviv está muito bem localizada e é visitada por muitos israelenses. Andy Ball, seu diretor, relata o exemplo de uma mulher ortodoxa que comprou um Novo Testamento na loja: ela queria conhecer a fé cristã em primeira mão. Uma funcionária do governo queria um Antigo Testamento em árabe para outra pessoa e nessa oportunidade comprou um Novo Testamento para si própria. A loja bíblica também abastece outras casas de comércio, universidades e hotéis com Novos Testamentos, livros e artigos cristãos... (Amzi 3/98)
Ao profeta Daniel foi ordenado: "Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará." Que tipo de saber se multiplicará? Resposta: cada vez mais judeus reconhecerão que Jesus é o Messias. Já observamos o início disso hoje em dia. O número de membros das igreja judaico-messiânicas multiplicou-se por 10 nos últimos 30 anos!
Mas, voltando à voz do arcanjo: podemos imaginar que Miguel acompanhará o Senhor quando Ele vier buscar a Sua Igreja. A Bíblia Viva diz: "Pois o próprio Senhor descerá do céu com um potente clamor, com o vibrante brado do arcanjo e com o vigoroso toque de trombeta de Deus" (1 Ts 4.16). Evidentemente o Senhor não teria necessidade desse acompanhamento, mas parece que o arcanjo Miguel é o guerreiro que atua nos ares contra Satanás (Daniel 10), e como Israel terá entrado em cena novamente, o arcanjo intervirá lutando em favor do povo da aliança de Deus.
O arrebatamento da Igreja de Jesus (toda pessoa salva, seja judeu ou gentio, será retirada da terra) provocará um golpe repentino, dramático e inimaginável na história da humanidade que ficará para trás. Esse acontecimento revolucionário desencadeará uma série de outros acontecimentos subseqüentes. Queremos destacar um deles:

Em Israel irromperá um avivamento

Romanos 11.25 diz de maneira bem clara: "Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não sejais presumidos em vós mesmos): que veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios (na Igreja de Jesus)." Quando a plenitude dos gentios (das nações) tiver entrado no "corpo de Cristo", ele será levado para o céu. Aí terminará o endurecimento de Israel, sua cegueira acabará.
Então muitos judeus chegarão ao saber de Daniel 12.4, entendendo que o Senhor Jesus é o seu Messias. É muito provável que nos dias após o arrebatamento milhares e milhares de judeus se converterão a Jesus, à semelhança do que aconteceu no começo da Igreja no livro de Atos. Então brotará e nascerá a semente do Evangelho espalhada oralmente e de forma impressa pelos judeus messiânicos, que nesse tempo também terão sido arrebatados. Os que ficarem para trás, familiares, amigos, colegas, etc., procurarão Bíblias, livros e outras publicações cristãs deixadas pelos arrebatados. Eles se lembrarão daquilo que leram e ouviram, de comentários bíblicos e pregações sobre a esperança pelo Messias. Essa esperança já germina atualmente no coração de muitos judeus.
Depois do arrebatamento aparecerão também os 144.000 selados de Israel (Ap 7.4-8) e as duas testemunhas (Ap 11.3ss). Cada vez mais judeus se converterão e levarão o Evangelho ao seu próprio povo e aos gentios. Nisto os judeus terão uma grande vantagem, pelo fato de terem sido espalhados por todo o mundo e dominarem muitas línguas diferentes.
Mas, para sermos exatos, devemos dizer também que nem todos os judeus se converterão. Muitos, especialmente os ligados ao governo, farão a aliança com o anticristo, isto é, com o líder romano [europeu] (Dn 9.26-27; Ap 13.1; Is 28.14-16). Quando fala desse tempo, também Daniel diz que muitos serão purificados (converter-se-ão), mas muitos permanecerão ímpios; que muitos entenderão, mas muitos outros não entenderão (Dn 12.10). Apenas um remanescente será salvo, como se vê claramente em outras passagens das Escrituras (por exemplo, em Rm 9.27; Ez 20.33-38). Mas atrás de todo esse remanescente crente se colocará o arcanjo Miguel como príncipe de Israel. No arrebatamento ele levantará a sua voz, porque terá chegado sua hora para agir em favor do remanescente de Israel.
Como vimos, em nossos dias muitos israelitas estão crendo no seu Messias, em Jesus Cristo. Será que o Senhor está preparando o Seu povo para o arrebatamento e a Grande Tribulação? Será que Ele o faz porque a hora já está muito adiantada?

Quinta certeza: a trombeta de Deus

"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Ts 4.16). A trombeta de Deus aqui mencionada é a mesma de 1 Coríntios 15.52: "...num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." Esta trombeta de Deus chamará todos os santos de todos os tempos para a casa do Pai.
Por que ela é chamada de "última trombeta"? Porque então a dispensação da graça chegará ao fim. A dispensação da anunciação do Evangelho da graça começou com uma "trombeta" e terminará com uma trombeta. Por que ela começou com uma "trombeta"? Porque podemos dizer que a pregação do Evangelho "repercutiu", "ressoou" ou foi "trombeteada". Por exemplo, a frase: "Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor..." (1 Ts 1.8), significa literalmente: "porque vocês trombetearam a palavra do Senhor". Em Romanos 10.18 está escrito: "Mas pergunto: Porventura, não ouviram? Sim, por certo: Por toda a terra se fez ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo."
A trombeta do Evangelho conclamando para a salvação em Jesus Cristo ressoou por quase dois mil anos. Em breve se ouvirá a última trombeta, o Evangelho deixará de ser pregado, a dispensação da graça chegará ao fim e a Igreja estará concluída, a sua plenitude terá sido alcançada. A Igreja será chamada para subir à casa do Pai.
Em que será que pensaram os tessalonicenses, que em grande parte eram judeus, quando Paulo escreveu sobre a trombeta? O Apocalipse ainda não existia, portanto eles ainda não sabiam nada sobre as sete trombetas de juízo ali descritas. Por isso, certamente eles pensaram na trombeta da salvação de Números 10.2-10. Nesse trecho do Antigo Testamento são mencionadas duas trombetas que eram tocadas em certas ocasiões. A ordem de Deus dizia: "Faze duas trombetas de prata; de obra batida as farás; servir-te-ão para convocares a congregação e para a partida dos arraiais" (Nm 10.2). Por um lado, portanto, estas trombetas de prata eram tocadas para convocar, chamar, juntar e reunir, e por outro lado para levantar acampamento e partir. Isso não tem sentido profético? Convocação (chamamento) = pregação do Evangelho para vir a Jesus ("muitos são chamados..."), até que a plenitude estiver reunida. Partida = ressurreição/arrebatamento para a casa do Pai.
É interessante verificar que essas trombetas deviam ser confeccionadas de prata. Que prata era usada para essa finalidade? O siclo de prata do resgate [salvação] (Êx 30.12-13). Esses siclos eram dados como pagamento de resgate pela vida dos israelitas, para que não houvesse entre eles nenhuma praga. Isso também nos faz lembrar das 30 moedas de prata que foram pagas pela prisão do Senhor Jesus, que obteve a nossa salvação na cruz.
As diferentes maneiras de tocar as trombetas significavam, entre outras coisas, o seguinte:
a) Quando as duas trombetas eram tocadas de maneira normal, isso servia para o chamamento e ajuntamento de toda a congregação na porta da tenda da congregação (Nm 10.3) = um chamamento para salvação.
b) Quando as trombetas eram tocadas a rebate, fortemente, como "sinal de alarme", isso indicava a ordem para partir. O último toque da trombeta era o sinal para juntar os pertences e partir = uma maravilhosa ilustração do arrebatamento.
Agora ainda ressoa a trombeta do Evangelho para chamamento e ajuntamento. Mas quando for tocada a última trombeta de Deus como "sinal de alarme" para o arrebatamento, ao mesmo tempo isto será um sinal para o ajuntamento de Israel, porque então terá chegado o tempo do seu salvamento. É o que se conclui de Números 10.9: "Quando, na vossa terra, sairdes a pelejar contra os opressores que vos apertam, também tocareis as trombetas a rebate, e perante o SENHOR, vosso Deus, haverá lembrança de vós, e sereis salvos de vossos inimigos."
Depois do arrebatamento virá o opressor, o anticristo, mas o Senhor se lembrará de Israel e no final salvará o Seu povo. Isaías 27.12-13 anuncia isso de maneira muito bonita: "Naquele dia, em que o SENHOR debulhará o seu cereal desde o Eufrates até ao ribeiro do Egito; e vós, ó filhos de Israel, sereis colhidos um a um. Naquele dia, se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria e os que forem desterrados para a terra do Egito tornarão a vir e adorarão ao SENHOR no monte santo de Jerusalém."
Pelos motivos já mencionados e os que vamos acrescentar, a trombeta de Deus para o arrebatamento, segundo o meu entendimento, não equivale às sete trombetas do Apocalipse (capítulos 8-11).
• A trombeta de Deus para o arrebatamento anuncia a conclusão da era da graça. Trata-se da trombeta da salvação. No seu som temos a salvação, o perdão e a vitória do Evangelho. Ela ressoa principalmente para a Igreja, mas também para Israel, no sentido de que então o remanescente será reunido.
• As trombetas tocadas pelos anjos em Apocalipse, entretanto, são todas trombetas de juízo sobre o mundo das nações que rejeitou a Cristo. Além disso, os vinte e quatro anciãos (a Igreja, veja Ap 4.9-11) já se encontram no céu por ocasião da sétima trombeta e anunciam a volta de Jesus e Seu reino (Ap 11.15-17ss).
• É muito interessante observar que outras traduções de 1 Tesalonisences 4.16, por exemplo a Edição Corrigida e Revisada, dizem: "...Porque o mesmo Senhor descerá do céu... com a trombeta de Deus...". Isto quer dizer que o próprio Senhor – como Sumo Sacerdote da Sua Igreja – tocará a trombeta, porque ela estará na Sua mão. Ele mesmo chamará os Seus para casa. Ele mesmo dará a ordem e o sinal para a retirada da Sua Igreja. Segundo o meu entendimento, isso também é o mais provável, pois a trombeta é chamada de "trombeta de Deus", e Jesus Cristo é Deus (Tt 2.13; 1 Jo 5.20). Por que não seria o Salvador que haveria de chamar os Seus salvos? Aliás, no Antigo Testamento apenas os sacerdotes podiam tocar as trombetas. E Jesus é o Sumo Sacerdote, não um anjo qualquer. As sete trombetas de juízo (Ap 8.6-9,12; 11.15) são empunhadas e tocadas por anjos. Por isso, deve haver uma diferença entre a trombeta do arrebatamento e as sete trombetas de juízo.

Sexta certeza: ressurreição e arrebatamento

"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor" (1 Ts 4.16-17). Não se trata aqui de uma ressurreição geral. Somente os mortos emCristo e os vivos em Cristo serão ressuscitados ou transformados. Todos os demais mortos permanecerão nas suas sepulturas até o dia do juízo final. O que é descrito aqui é uma ressurreição seletiva dentre os mortos e realmente diz respeito somente àqueles que estãoem Cristo.
Em João 5.28-29 o Senhor mencionou duas diferentes ressurreições: "Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo." E quando Jesus desceu do monte com Seus discípulos depois da Sua transfiguração, Ele lhes disse algo que muito os admirou e que até então eles ainda não tinham ouvido. Trata-se de uma expressão totalmente nova em relação ao arrebatamento: "Ao descerem do monte, ordenou-lhes Jesus que não divulgassem as coisas que tinham visto, até o dia em que o Filho do Homem ressuscitasse dentre os mortos. Eles guardaram a recomendação, perguntando uns aos outros que seria o ressuscitar dentre os mortos?" (Mc 9.9-10).
Jesus foi o primeiro que ressuscitou dentre os mortos (At 26.23; Cl 1.18; 1 Co 15.20). Também 1 Coríntios 15.23 fala disso: "Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda." Esta afirmação, em conexão com 1 Tessalonicences 4.16, explica que todos os que estão em Cristo ressuscitarão dentre os mortos. Esta é a chamada "primeira ressurreição" (Ap 20.5-6). As outras pessoas, as que não estavam em Jesus, que não pertenciam a Ele pela fé salvadora e, assim, não tinham um relacionamento pessoal com Ele, serão ressuscitadas mil anos mais tarde e então irão para o inferno (Ap 20.11-15).
Na primeira ressurreição/arrebatamento o Senhor Jesus deixará o Seu trono e, vindo do céu (da casa do Pai), aparecerá nos ares (1 Ts 4.17). Ele não virá de maneira visível sobre a terra, mas permanecerá na atmosfera superior. Os espíritos/almas dos que dormiram nEle O acompanharão, como provavelmente também o arcanjo Miguel. Então serão ressuscitados primeiro os corpos dos que morreram em Cristo. Logo a seguir, os corpos dos que ainda estiverem vivos serão transformados. Então a Igreja será arrebatada coletivamente ao encontro do Senhor nos ares, entre nuvens, e Ele levará Sua noiva para a casa do Pai. A Igreja terá então deixado seu lugar na terra e João 14.1-6 estará cumprido. Tudo isso naturalmente acontecerá numa fração de segundos (comp. 1 Co 15.51-53).

Sétima certeza: estar para sempre com o Senhor

"...e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.17-18). Esta garantia: "...estaremos para sempre com o Senhor", é um consolo eterno acima de tudo o que é passageiro neste mundo... A partir desse momento, nada mais estará sujeito à morte para qualquer filho de Deus. Todas as tristezas do passado, todas as misérias e tentações, todas as perguntas, tudo será esquecido e respondido por este fato: "...estaremos para sempre com o Senhor." "Estaremos para sempre com o Senhor" significa que a Igreja estará sempre onde Jesus estiver; ela participará de toda a Sua riqueza divina. Então se cumprirá o que está escrito em Tito 2.13:
"...aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus."
"Aguardando ansiosamente aquele tempo quando se verá a sua glória – a glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo" (A Bíblia Viva).
Mas quem não tem Jesus cai num abismo insondável de desespero. Aquele que não tem Jesus perde a bendita e eterna esperança. Justamente nesta passagem da ressurreição e do arrebatamento, a Bíblia nos mostra que haverá pessoas que estarão dentro (1 Ts 4.16) e pessoas que estarão fora (v.12), que haverá pessoas cheias de esperança e pessoas sem esperança (v.13), pessoas que estarão para sempre com o Senhor e pessoas eternamente separadas dEle (v.17), pessoas consoladas e pessoas sem consolo (v.18). 
Aquele que não está em Cristo não tem nenhum relacionamento com Deus; tal pessoa está "fora", sem esperança, porque não tem lar. Uma pessoa sem Jesus ficará eternamente sem consolo e sem paz.
Como você pode ganhar o direito de morar na casa do Pai celestial, adquirir a esperança de "estar para sempre com o Senhor" e transmitir esse consolo também para outros? Decidindo-se por Jesus Cristo e por Sua obra de salvação consumada na cruz – também por você. Se você aceitar isso pela fé, 1 Tessalonicenses 4.14-18 realmente se cumprirá também em sua vida. Por isso, decida-se totalmente por Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo! A Palavra do Deus Eterno lhe diz em Jó 11.13 e 18: "Se dispuseres o coração e estenderes as mãos para Deus... Sentir-te-ás seguro, porque haverá esperança". (Norbert Lieth -http://www.chamada.com.br)

domingo, 12 de abril de 2015

DESABAFO DE UM PASTOR!

Tenho visto coisas...

João Antônio de Souza Filho
Abril de 2015
Meus amigos tenho visto coisas nas redes sociais e nos jornais que causam espanto a qualquer pessoa cristã que mantém a ortodoxia da fé.

Imagens de “cultos” que são, na realidade, cópias das reuniões afro, em que tambores, danças e línguas estranhas indicam a presença de demônios. 
Os líderes usam capas de diversas cores, como túnicas; diferentemente de uma veste litúrgica e as pessoas estão vestidas de branco como nos centros de religiões de cultos afro. 
Nem digo espíritos enganadores, porque estes são sutis em suas aparições e sutis ao enganar; digo demônios porque são visíveis, inconfundíveis a qualquer cristão. 
Vejo manifestações carnais apresentadas como unção de Deus. 
Pessoas recebendo “poder” soprando o fogo num daqueles tonéis partidos ao meio que o pobre usa em casa como churrasqueira. Quando as labaredas sobem, o “crente” fica como possesso de algum espírito. 
Vi também uma falsificação em que um pastor transforma água em vinho, e deve ter escondido o K-suco em pó no fundo da jarra vermelha que não é transparente de propósito.

E o povo vibrando com o milagre! 
Vejo e ouço pregações que nada tem a ver com a Palavra de Deus; ou são mensagens apenas de autoajuda ou aqueles blá-blá-blá inconfundíveis de quem se diz estar cheio do Espírito. 
Pregações bíblicas são raras nos dias de hoje. 
Sim, tem muitas pregações tópicas, mas não se ouvem pregações expositivas, em que o pregador toma um capítulo inteiro ou um episódio e expõem as verdades para o povo. 
As pessoas de meu relacionamento me enviam vídeos de músicas, pregações, cultos para que eu analise. Estou cheio dessas coisas. Não sou analista religioso. 
Sou um pastor simples que têm os dons espirituais para perceber quando alguém sai do Espírito e no momento seguinte está na carne ou se expressando por algum espírito enganador. 
Sou pentecostal da terceira geração, conheci os pentecostais da primeira geração brasileira e fui amigo de muitos da segunda geração, e sei muito bem o que é o pentecostalismo genuíno e o misturado. 
Falo línguas, tenho visões, revelações e, vez que outra alguns dos dons e manifestações de 1 Coríntios 12 se manifestam em mim para um fim proveitoso e, sei também quando o Espírito me diz que estou entrando na carne ou ultrapassando a linha geográfica invisível que, à guisa de espiritualidade pode me enganar. 
Sei que o Espírito pode me controlar com suas rédeas de amor e não me deixar ser enganado nem enganar as pessoas. 
Por ser místico dou espaço a que a razão controle os excessos, do contrário cairei naquilo que aqui condeno.
Mas, pelo que vejo e ouço nos dias de hoje a igreja brasileira tomou um rumo nada bom. 
Por que digo isto? 
Porque na tentativa de fugir aos excessos e perder o controle espiritual, os pastores limitam a manifestação do Espírito nos cultos tornando-os os frios e comuns. 
Ou se deixam levar aos extremos por medo de ofender e entristecer o Espírito Santo. Esses dois extremos são bem visíveis na igreja brasileira. 
Estão faltando igrejas centradas nas Escrituras, com louvor bíblico, manifestações do Espírito na hora certa e pregações também bíblicas, permitindo que a própria mensagem mexa com o emocional das pessoas, sem o emocionalismo carnal que aguça a alma, porém deixa o espírito da pessoa vazio.
À luz de tudo o que abordei não me resta esperança de ver a igreja – toda a igreja – perfeitamente centralizada nas Escrituras. 
Porque até mesmo a igreja que Paulo fundou em Corinto costumava ser muito mística e carnal, e a separação do joio do trigo se dará ainda no futuro. 

No entanto, Deus deu a igreja apóstolos, profetas e mestres para que estes sejam ortodoxos na doutrina ou ensinamento – triste afirmar que os apóstolos de hoje, muitos deles, são os menos ortodoxos. 
Ortodoxia, duas palavras gregas. A primeira é “orto” reto, retitude, como os ossos da perna (daí vem a palavra ortopedia, ortodontia etc.) e a segunda é doxa, que os gregos usavam para expressar o falar corretamente, para oratórias ou ensinamentos. 
Portanto, a ortodoxia da fé deixou de ser regra hoje na igreja e virou uma mescla de humanisno e positivismo.

Assim, alguns cultos em que assisto percebo mais positivismo que fé; noutros mais mística que razão. 
Às vezes penso que Jesus fará uma limpeza na igreja, o que ele costuma fazer enviando períodos de tribulação e angústia por sistemas políticos e guerras, e, quando a tribulação termina, a igreja volta a desandar dos caminhos da Fé.
E, como nossa tendência de pentecostais é o medo de ofender o Espírito, aceita-se tudo como se dele procedesse. 
Mas, não é assim! 
A Palavra de Deus é o leme que põe a igreja no rumo. 
Não se deve temer. 
Quem tem o Espírito de Deus sabe quando alguém fala em línguas, porque sua mente decorou aquela língua; sabe quando alguém profetiza porque aquela pessoa já se acostumou aos chavões pentecostais; falta, isto sim, pastores corajosos que mandem o profeta calar a boca e o que está falando em línguas ficar quieto. 
Quando isto acontecer, estaremos a caminho do equilíbrio, sem medo de errar! 
Obviamente, desde que o pastor em questão seja uma pessoa cheia do Espírito e por ele guiado!
Portanto, é possível ser um pentecostal autêntico sem cair na extravagância daqueles que são levados pela alma ou pela razão. 
Sobriedade ou equilíbrio é o que Deus pede de nós. 
Quando assim procedemos, o Espírito Santo quando quer fazer algo inspirará aquele que lhe é fiel e maduro e não uma criança na fé.

Pense nisso, e até a próxima!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Fenômenos culturais e espirituais.......

João A. de Souza Filho

Fenômenos culturais e espirituais no culto a Deus

Por: Pr. João de Souza em 18/02/2015
Existem dois fenômenos na igreja brasileira que tento entender, e, por mais que reflito e analiso não consigo chegar a uma conclusão. Escrevo em relação a evolução ou involução da liturgia da igreja – e aqui uso a palavra liturgia no seu sentido nato que é o serviço que o povo faz para Deus, e não o que comumente se pensa sobre liturgia, como uma ordem ou ritual de um culto tradicional e rígido.
Liturgia é uma palavra que procede de leitourgos no grego e que quer dizer serviço do povo. Pois o que o povo faz para Deus mudou nos últimos anos. E foi uma mudança drástica, mas também trágica. Drástica, porque até mesmo as igrejas mais tradicionais mudaram sua forma de culto, e trágica porque o tipo de culto ou serviço que hoje se faz a Deus assemelha-se mais a um show do que um serviço ou liturgia a Deus.
Analisar as tendências culturais que afetam a sociedade e, por sequência o culto das igrejas é um trabalho difícil. Não é possível em um artigo analisar as tendências culturais e espirituais dos últimos anos, quiçá, dos últimos quarenta anos. E usei a palavra “quiçá” propositalmente para identificar os anos de vida que tenho no ministério, pois esta palavra não mais é usada no português. Aqui tem o sentido de “quem sabe”...
O que acontece nos cultos das igrejas é um fenômeno mais cultural que espiritual, mas que de certa forma afetou substancialmente o conteúdo do culto de nossas igrejas, tanto positiva quanto negativamente. Mas, também é um fenômeno espiritual, como explico mais adiante.
Vamos ao que é cultural. Nos últimos trinta anos a forma do culto mudou. Saímos de um sistema rígido de culto, em que as pessoas ficavam presas aos bancos e aos hinários e caímos em outro extremo onde vale-tudo. Tão-forte é o liberalismo nos cultos a Deus, especialmente na música que, em algumas igrejas perdeu-se a noção do que é bom e do que é ruim no culto a Deus. Pelo lado bom os novos modelos de culto arrancaram as pessoas das formas litúrgicas trazidas pelos missionários norte-americanos, europeus e escandinavos e deu mais movimento e maior liberdade de expressão aos crentes no culto a Deus. Entretanto, não se esquecer que uma coisa positiva havia no sistema europeu de cultos: Participava-se de uma liturgia que conduzia os irmãos a adoração sincera, ao arrependimento e confissão de pecados.
Eu mesmo fui um inovador nessa questão da liturgia do culto a Deus e meus leitores antigos hão de se lembrar dos sete livros que escrevi nesta área, desde o Ministério de Louvor da Igreja em 1986 até 2011 quando foi lançado O Livro de Ouro do Ministério de Louvor, em que corrigi os rumos que os músicos tomaram nas últimas décadas.
Pelo lado negativo essa nova geração de músicos – a quem recuso chamar de levitas, classe sacerdotal que deixou de existir depois que Cristo o nosso Sumo Sacerdote realizou a obra da perfeição para todo sempre – afetou os crentes em algumas áreas:
1. Tirou dos cultos o senso de reverência e respeito. As pessoas entravam nos templos cientes de que estavam ali para adorar a Deus e a música do piano e do órgão convocava o povo a adoração. Não que o órgão e o piano fossem instrumentos mágicos da liturgia; era o que se tinha naquele tempo quando não havia sonorização nas igrejas. Ora, hoje, qualquer outro instrumento musical, bem tocado, pode fazer a mesma coisa.
2. Ligado a isto fica a pergunta: E por que os novos instrumentos não trazem reverência e respeito? Por que o tipo de música que é tocado não conduz o povo a reflexão, a adoração e ao temor de Deus, e o povo nem sabe o que está cantando! Pela simples razão de que os instrumentos são executados com som alto demais; quase ensurdecedor, enquanto no fundo um pastor ora, gritando, porque sua voz é abafada pelo som da música. E isto tira do povo o senso de reverência. Os ouvidos doem, as palavras ditas são incompreensíveis e o que se ouve é só gritaria. Pois, onde existe gritaria alguém tem que gritar mais alto para ser ouvido.
E não é aquela gritaria de “poder”, como nos cultos pentecostais. Apenas gritaria!
O que venho percebendo é que os líderes, na abertura do culto sentem necessidade de orar com som alto; o som é o que os motiva e não a necessidade de buscar a Deus!
3. O ponto acima está ligado ao que vou dizer agora: A abertura dos cultos e o tempo de louvor foram entregues aos animadores de platéias. Por isso falei anteriormente que é algo cultural. Basta assistir pela TV a uma partida de voleibol e ouve-se ao fundo a voz do animador da platéia; os dirigentes de louvor copiaram do mundo a forma de animar as pessoas como se estivessem num rodeio de Barretos ou num jogo de competição!
“Olha a Portela aí, gente!”, foi copiada nos cultos pelos animadores que conclamam o povo dizendo: “vamos adorar aí, gente!”, enquanto rufam os pratos e tambores da bateria e as guitarras-solo lançam no ar sons estridentes, acompanhadas do baixo que treme as janelas do templo!
Hoje, os cultos são semelhantes a um baile de forró, a um desfile de carnaval, a uma festa ou show; só muda a letra do cântico – quando muda!
4. Acrescente-se a tudo isso o jogo de luzes coloridas que mudam a todo instante conforme o som mais elevado ou mais brando da música. Às vezes, pergunto se estou numa reunião de adoração ou numa festa rave.
5. Som alto demais, de doer os ouvidos. Em algumas igrejas recuso-me sentar na primeira fileira ou no púlpito durante o período de louvor, e, quando o faço coloco tampões de ouvidos para abafar o ruído da música, ou desculpo-me saindo para o banheiro masculino e fico do lado de fora do templo até a hora em que tenho de pregar. Sei que o som agudo da guitarra ou o som do contrabaixo podem coagular as proteínas do organismo e causar infartos. Isto é científico. Além de causar surdez precoce!
Faz parte da história o tempo em que se ouvia a Deus através de uma profecia espontânea no meio do culto, às vezes vinda lá de traz do templo, pelas simples razão de que hoje os músicos não dão trégua nem tempo para Deus falar. Só eles querem falar, e falam o tempo todo sem cessar, enquanto soa o “pra-ti-qui-bum-bum-bum” dos instrumentos.
Até onde essas mudanças culturais afetam a espiritualidade da igreja?
1. Os dirigentes de louvores ultimamente, e até os pastores não se preocupam com o que Deus quer no culto e, sim com o que o povo gosta de ouvir. Trato sobre isto nos meus livros, especialmente em O Livro de Ouro do Ministério de Louvor, que pode ser adquirido em www.Z3ideias.com.br.
Precisam aprender que o culto é pra Deus e não para o povo e devem buscar em oração músicas que agradem a Deus e que Jesus sinta-se à vontade para cantar junto com a igreja, como diz o texto dos Salmos repetido em Hebreus:
“Por isso, é que ele não se envergonha de lhes chamar irmãos, dizendo: A meus irmãos declararei o teu nome, cantar-te-ei louvores no meio da congregação. E outra vez: Eu porei nele a minha confiança. E ainda: Eis aqui estou eu e os filhos que Deus me deu” (Hebreus 2.11-13).
Pergunto-me, quando estou em cultos assim, se Jesus está cantando no meio da igreja! Ou está lá fora esperando a hora de entrar!
2. Trazem para a reunião da igreja a música do último lançamento que ouvem na rádio como se aquela música fosse a voz de Deus para a igreja. Às vezes é o pior lixo musical! E, pior! O povo nem conhece o hino!
3. Não sabem fazer diferença entre música solo e música congregacional. A música solo permite extravagâncias do dirigente, mas a música congregacional é em tom médio, com letra fácil e poética, a métrica se encaixa no compasso e é de fácil assimilação. A música solo é difícil e exprime o sentimento do autor e não do povo. Especialmente as músicas traduzidas têm frases inteiras que não cabem no compasso: Você tem que engolir as palavras pra acompanhá-la no telão.
4. Para os novos dirigentes e músicos a espiritualidade está no som e não na letra. Ora, o que torna um cântico aceitável a Deus é a letra que se canta para ele; e não o que se entoa apenas por se entoar para nós mesmos. Não é o ritmo, os instrumentos ou a melodia que agradam a Deus, mas a reverência das letras entoadas a ele.
5. A nova geração de músicos ainda não soube se purificar do “espírito de músico”. Ora, o espírito de músico sempre chama atenção para a música e para si mesmo e nunca para Deus. Tais músicos se ressentem quando alguém lhes chama atenção de que o som está alto ou de que não estão afinados com o que Deus quer no culto da igreja. Pior ainda é quando alguém chama a atenção deles de que os instrumentos não estão afinados entre si. Saem do culto zangados e furiosos!
6. A nova geração de músicos insiste em tocar até o que não conhecem, porque precisam mostrar habilidade para o povo, quando deveriam sentar-se e ficar quieto. Esta nova geração não sabe o que é ouvir a Deus no culto, porque só querem ouvir o som que lhes agrada!
7. Os pregadores também são culpados, porque permitem que se faça fundo musical enquanto eles pregam; educadamente dispenso as músicas de fundo porque elas tiram as pessoas do foco da pregação.
8. E finalmente veja o que acontece quando o culto termina. Os músicos aproveitam aquele momento pra dar o seu último show particular e aumentar todo o volume a ponto de não se conseguir conversar com as pessoas nem orar por elas, porque não se ouve o que as pessoas dizem nem elas ouvem nossa oração. Músicos aprendam uma coisa: Quando o culto termina, o tempo de vocês acabou. Desliguem seu som e desçam da plataforma do orgulho para serem ministrados pelos pastores!
João Antônio de Souza Filho
Autor de: Ministério de Louvor da Igreja; O Louvor e a Edificação da Igreja; Ministério de Louvor: Revolução na Vida da Igreja; Cânticos ou Mantras: O que estamos entoando em nossos cultos; Deixem Soar os Tamborins; Formando Verdadeiros Adoradores; O Livro de Ouro do Ministério de Louvor da Igreja

Cat.:Análise da Igreja Moderna Louvor & Adoração

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

AFINAL DE CONTAS, A liderança pastoral feminina é bíblica?

Pérolas de uma " pastora ". 

A liderança pastoral feminina é bíblica?



Estava acessando minha conta de e-mail quando me deparei com uma mensagem eletrônica com um título bastante atrativo: “Liderança feminina é bíblica?”. O e-mail era proveniente da esposa de um famosíssimo pregador “assembleiano”, pregador este que há muito perdeu minha confiança e admiração por apregoar heresias e fantasias “teológicas” sem embasamento bíblico algum.

Confesso que ainda veio em mim uma certa dúvida quanto à posição da referida “pastora”, ou “líder”, como queiram. Fiquei na dúvida, pois a mesma e seu esposo famoso ainda são (pelo menos oficialmente) crentes pentecostais da Assembléia de Deus, igreja que corretamente mantém sua posição contrária a ordenação pastoral feminina (exceto outros ministérios que já cederam a esse modismo e novidade), mas também por conhecer a sede de mudança de confissão e práticas doutrinárias do referido pastor fiquei na dúvida quanto ao posicionamento da irmã. Infelizmente a última opção foi a ocorrência casuística.

Em uma produção teológica pobre e cheia de “pérolas” que contrariavam princípios da Teologia Sistemática, a “pastora” tentou efetuar uma defesa que não saiu do título de seu artigo, pois a resposta principal não fora dada claramente, ou seja, se a liderança (pastoril) feminina é bíblica ou não.

A irmã diz: “Então eu pergunto amigo leitor, a lei ainda proíbe que as mulheres falem em local público? É atualmente vergonhoso ou desonroso a mulher ensinar?”. Sinceramente eu não sei de onde a irmã tirou a conclusão de que as mulheres da igreja primitiva não falavam em local público e não ensinavam. Tirando conclusões precipitadas de 1 Co 14:33-35 e 1 Tm 2:11,12, a irmã mostra desconhecimento bíblico, especialmente de passagens como At 21:9 e 1 Co 11:5, que mostram a mulher profetizando, especialmente 1 Co 11:5 que diz: “Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada”, as profecias e as orações aqui citadas eram realizadas na igreja (cf. 1 Co 11:18), portanto, as mulheres oravam e profetizavam na igreja (em público). A Bíblia também nos mostra a importância da mulher no ensino da Palavra (cf. At 18:26), no ensino daquilo que aprendiam dos apóstolos, como vemos no caso de Lídia que aprendeu de Paulo e repassava em sua casa aquilo que ouvira do apóstolo dos gentios (cf.At 16:14,40); vemos ainda o ensino de Paulo sobre a função das mulheres em Tt 2:3-5“As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem; para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada”.

O próprio Timóteo fora inteirado desde sua meninice do conhecimento da Palavra pela sua avó Lóide e pela sua mãe Eunice (cf. 2 Tm 1:5 e 3:14,15).

Realmente, a irmã “pastora” parece não ter tido conhecimento destas passagens bíblicas. Ela ainda disse, corroborando a questão, que: “Na nossa sociedade é perfeitamente normal a mulher ensinar, a maioria dos professores do ensino básico, e fundamental são mulheres. Elas estão nas universidades, nas empresas, no lar, no comércio, desenvolvem trabalhos brilhantes, e são cada vez mais reconhecidas. Se Deus deu as mulheres todas estas habilidades e capacidades, é porque deseja que elas as usem”. Como já fora exposto, Deus realmente sempre quis usar a mulher para fazer também a sua obra, além de tê-la capacitado também de inteligência para realizar ofícios seculares, mas é claro, respeitando-se sua função de mãe e dona de lar (cf. Tt 2:3-5; 1 Co 7:34; Pv 14:1; Sl 113:9).

Mas a grande pérola teológica da “líder” foi a de comentar a proibição de Paulo em 1 Tm 2:11,12, ao dizer: “Esta proibição, parte de Paulo para Timóteo e não de Cristo, sejamos sábios”. Realmente uma coisa que falta a essa irmã é sabedoria de doutrina bíblica. Ao dizer tal afirmativa a irmã simplesmente trouxe um relativismo perigosíssimo no que diz respeito à autoridade dos ensinos bíblicos. Aonde fica o princípio das palavras de Paulo “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça” 2 Timóteo 3:16? O próprio apóstolo Paulo ao concluir o seu sermão de 1 Co 14:33-35(texto citado pela própria pastora como sendo algo não aplicável nos dias de hoje) diz nos versos 37 e38“Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor. Mas, se alguém ignora isto, que ignore”. É, parece que Paulo já previa que alguém em um tempo futuro iria tentar distorcer os ensinos referentes ao papel do homem e da mulher no seio da igreja e da casa. Infelizmente a dita “líder” preferiu ignorar ao invés de reconhecer que os ensinos de Paulo proviam de Deus e não dele mesmo. Oras, é fundamento da Teologia Sistemática e da Reformada (que não deixam de ser a mesma) que a Bíblia é a Palavra de Deus escrita aos homens por intermédio de pessoas santas e que se deixavam usar pelo Espírito Santo para escrever aquilo que proviera de Deus para o homem, para a sua Igreja. Paulo com certeza era um homem usado por Deus e conhecedor dos ensinos e do coração de Deus, portanto foi (como é notório de todos) usado grandemente para ensinar e compor com alguns de seus escritos divinamente inspirados a Bíblia Sagrada.

O ensino teológico como sendo a Bíblia a Palavra de Deus escrita aos homens, infalível, inerrante, completa, soberana, permanente e a nossa única regra de fé e fonte máxima de autoridade está presente em toda a Bíblia (Dt 29:29; Sl 18:30 e 19:7; Is 40:8; Mt 5:18 e 22:29; Mc 13:31; Lc 1:1-4; Jo 5:39 e 17:17; At 17:11; Rm 15:4; 1 Co 4:6 e 14:37; 2 Tm 3:15-17; 2 Pe 1:20,21 e 3:15,16; Ap 1:3 e 22:18,19).

Como fora exposto mais acima é clara a importância da mulher tanto para a igreja, família e sociedade, podendo a mesma ensinar (principalmente para mulheres e incrédulos), pregar, orar, profetizar e trabalhar. Agora, sinceramente, atribuir à mulher a autoridade eclesiástica do ensino e instrução do rebanho de Deus, como seja, atribuir a liderança pastoral de uma igreja local a uma mulher, é, sem sombra de dúvidas, algo estranho à Bíblia Sagrada. O texto de 1 Co 11:3 é claro em seu significado: “Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo”. Cabeça quer dizer que não há nada superior, não há autoridade acima de uma cabeça, além de denotar a idéia de sabedoria. Percebemos que o homem é a cabeça da mulher assim como Cristo é a cabeça de todo o homem (ou igreja); a relação de sujeição nas duas situações deve ser a mesma, conforme Ef 5:24 que diz: “De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos”. A sujeição é uma questão de ordem e não de inferioridade; a Bíblia nos manda sermos sujeitos ao Estado (Rm 13:1-5; 1 Pe 2:13-17), mas sabemos que não somos inferiores ao mesmo. O nosso Deus é um Deus que gosta de ordem!

A Bíblia simplesmente não fala em pastoras ou bispas, mas sempre usa estas funções eclesiásticas pro masculino. O governo feminino não é visto como algo aprovado por Deus para o seu povo, conforme Is 3:11 que diz: “Os opressores do meu povo são crianças, e mulheres estão à testa do seu governo. Ah! Povo meu! Os que te guiam te enganam e destroem o caminho das tuas veredas”. Débora não passou de uma exceção; e Ester não governava, mas sim o Rei Assuero. O próprio motivo pelo o qual Deus criou a mulher mostra que a mesma não pode exercer qualquer tipo de comando sobre o marido, seja em relação espiritual ou material, sendo a mesma uma ajudadora do homem (cf. Gn 2:18), assim é o que diz 1 Tm 2:12-13 “nem use de autoridade sobre o marido... porque primeiro foi formado Adão, depois Eva”.

Por fim, para não citar outras inúmeras referências e raciocínios em favor da não ordenação de mulheres ao pastoril, encerro com o comentário de Donald C. Stamps, em sua Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, do verso 2:12 de 1 Tm 2 que diz assim:

“2.12. O homem e a mulher são igualmente amados e preciosos à vista de Deus (Gl 3.27,28). Porém foi ao homem que Deus entregou a responsabilidade de direção da família e da igreja.
(2) O ensino de Paulo quanto à mulher não ensinar como dirigente da igreja, vem dos princípios estabelecidos pelo Criador para o homem e a mulher, quando da sua criação original (Gn 2.18; 1 Co 11.8,9; 1 Tm 2.13 nota), e dos efeitos da entrada do pecado na raça humana (1 Tm 2.14)”
.

Anchieta Campos

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Pare e Pense!



Os dias em que vivemos são complexos e repletos de desafios.
Nas áreas política, empresarial e institucional existe a expectativa de que os líderes sejam ao mesmo tempo íntegros, competentes e dinâmicos.
Essa expectativa também se verifica no meio religioso, mas com um diferencial.
Os ministros devem prestar contas de seus atos não somente á suas ovelhas!, mas principalmente àquele que os vocacionou e capacitou para o seu nobre ofício – o próprio Deus.
Numa época em que o trabalho pastoral se torna uma atividade entre outras, em que os ministros correm o risco de serem meros “profissionais do púlpito”, em que motivações secundárias ou menores buscam a supremacia no coração dos pastores, vale a pena ouvir a exortação de Paulo ao seu colega mais jovem: “Cumpre cabalmente o teu ministério” (2 Tm 4.5).
Ai dos pastores infiéis (Jeremias 23:1-4)
Deus falou aos líderes em Judá, dizendo que eram culpados de negligenciar e maltratar o rebanho dele.
Preste atenção nos verbos que ele usa para descrever a conduta destes pastores: destruir, dispersar, afugentar e não cuidar.
Pastores devem juntar, alimentar, cuidar, guiar e proteger, mas os pastores de Israel faziam tudo ao contrário!
Outra coisa marcante neste parágrafo é a maneira que Deus fala do rebanho.
Ele o descreve como “o meu povo”, “as ovelhas do meu pasto” e “as minhas ovelhas”.
A linguagem dele mostra o problema raiz do comportamento errado dos líderes.
Eles não amavam o povo como Deus o amava!
Para eles, ser pastor era uma posição de destaque, honra e privilégio.
Para Deus, ser pastor era uma posição de responsabilidade, sacrifício e amor.
Hoje, ainda há muitos que olham para o cargo de pastor como uma posição de honra a ser cobiçada.
Buscam o destaque e desejam a honra diante dos homens.
Ao invés de agir humildemente como pastores no rebanho local (veja 1 Pedro 5:1-3), apresentam-se em todo lugar com o “título” de pastor.
Em outras palavras, “Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens” (Mateus 23:6-7).
Tais pastores não qualificados não cuidam do rebanho como devem.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

O VELHO ADVERSARIO!




"Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito. E ela perguntou à mulher: 'Foi isto mesmo que Deus disse: Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim?'" (Gênesis 3:1)

A serpente que vivia no Jardim do Éden era esperta. 

Quando ela planejou levar o primeiro homem e a primeira mulher ao pecado, ela conseguiu.

Aponto isso porque precisamos saber quais são as estratégias de satanás. 

Ele não mudou nem um pouco. 

Basta olhar para os seus ataques e tentações na Bíblia para você perceber que ele usa as mesmas táticas ainda hoje.

Se aprendermos quais são essas estratégias, poderemos reconhecer o que ele está fazendo. 

Vamos ver como Satanás tentou Eva no Jardim.

"Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E ela disse à mulher: 'É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?' E disse a mulher à serpente: 'Podemos comer do fruto das árvores do jardim; mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: 'Não comereis dele, nem nele devereis tocar, para que não morram.' Então a serpente disse à mulher: 'Você certamente não vai morrer. Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecedores do bem e do mal.'"(Gênesis 3: 1-5)



Nos versos acima, vemos três coisas que Satanás fez para provocar a queda de Eva:

1. Ele questionou a palavra de Deus.

2. Ele negou a palavra de Deus.

3. Ele a substituiu por sua própria mentira.

Eva estava no lugar errado, na hora errada, ouvindo a voz errada, o que a levou a fazer a coisa errada. 

Mas não culpo Eva ou Adão. 

Se tivéssemos vivido no Jardim, teríamos provavelmente feito a mesma coisa.



Estejamos, portanto, atentos às táticas do diabo pois ele quer que estejamos sempre no lugar errado, ouvindo a voz errada, e fazendo a coisa errada.

FACCIOSO E INSENSATO

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